
A derrota, por 2 a 1, acabou sendo amena, diante do domínio do time interiorano, que faz espetacular campanha no Brasileiro, em quarto lugar, com 59 pontos, mais que encaminhada a classificação para a Libertadores.
O Palmeiras entrou em campo pressionado pela vitória do Flamengo, diante do Santos, alcançando os mesmos 68 pontos.
Mas a equipe de Abel Ferreira não esperava o ritmo intenso, alucinante do time de Rafael Guanaes. Logo no primeiro minuto, Lucas Ramon cruzou e Gabriel entrou livre e chutou no meio das pernas de Carlos Miguel. 1 a 0, Mirassol.
O gol teve efeito colateral para os dois lados. A equipe surpresa do Brasileiro pressionou ainda mais. Com muita intensidade, velocidade e confiança. O Palmeiras demonstrou que foi para a partida em um ritmo muito mais lento. Mereceu ser dominado.
Vitor Roque, que vive fase incrível, empatou para o Palmeiras, de bicicleta, aos 29 minutos. Mas, aos 46 minutos veio o lateral que Reinaldo cobrou. A bola encontrou João Victor, que ganhou facilmente de Piquerez, e marcou, de cabeça, 2 a 1.
No segundo tempo, o Mirassol cansou. E o Palmeiras se aproveitou para atacar muito, mas sem a menor consciência tática. Exagerou nos cruzamentos, velho recurso, que facilitou o trabalho da zaga.
“O Mirassol é uma equipe que tem jogadores que estavam desacreditados no outro lado e que alguém apostou neles e que fez aqui uma belíssima equipe, muito bem treinada. Temos que também reconhecer isso, como eu disse ao treinador deles, parabéns pelo trabalho que esta fazendo.
“Claro, como eu te disse, parabéns ao Mirassol, que foi muito melhor. Agora, se eu pego nos nossos dois gols que sofremos, eu vou analisá-los. Vou encontrar coisas que não gosto e que não podemos.
“São muito fáceis de perceber que como equipe temos que fazer muito melhor nesses dois lances específicos dos gols que sofremos, mas volto a dizer, eu acho que o Mirassol na primeira parte foi muito melhor que o Palmeiras.”
O treinador deixou claro que é mais fácil vestir a camisa do Mirassol. E o time joga sem responsabilidade, porque não vai cair. E esse, na visão de Abel, era o objetivo do clube interiorano.
“O Mirassol é uma equipe cujo objetivo principal já está conquistado há muito tempo (evitar o rebaixamento), e agora joga leve.
“Olhem para o jovem do lado esquerdo [Reinaldo]. Esse jogador jogou em São Paulo, Grêmio. Poderia falar dele, mas têm outros. Jogadores que estavam desacreditados em outros clubes, que alguém apostou neles e montaram uma belíssima equipe, muito bem treinada. Parabéns pelo trabalho que o treinador está fazendo, ao Mirassol que foi muito melhor. Mas é muito mais fácil vestir a camisa do Mirassol do que a de um time como o Palmeiras.”
Oito desfalques
Abel sabe que no sábado, no clássico contra o Santos, terá oito desfalques. Sete jogadores convocados para a data Fifa e mais Andreas Pereira, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
“Olha, eu como treinador não é muito agradável saber que tenho tantos jogadores que são convocados e que todos eles querem ir para a seleção e perceber que todos eles também ninguém quer se machucar e querem estar disponíveis.
“Mas faz parte do jogo, nós temos realmente uma equipe recheada de bons jogadores.
“Os selecionadores são responsáveis nisso, há uma data FIFA é oficial, os selecionadores podem nos chamar, quem paga os salários somos nós, quem precisa deles somos nós mas o futebol é assim e nós temos que nos adaptar, a direção já sabia como é que ia ser. Portanto, temos que nos adaptar e preparar com os recursos que temos para esses jogos.”
Do R7-Cosme Rímoli.





