O mistério em torno da morte da adolescente Ketlhen Santos Faria, de 13 anos, teve uma resposta neste final de semana. O laudo oficial do Instituto Médico Legal (IML) foi divulgado e revelou que a jovem morreu por asfixia mecânica, provocada por broncoaspiração de vômito — uma condição grave e silenciosa que ocorre quando a pessoa vomita e, sem conseguir reagir, acaba sufocada.
A tragédia aconteceu no dia 16 de março, no bairro Vista da Serra, na cidade da Serra. Ketlhen foi encontrada sem vida pela própria família. Segundo os pais, ela havia ido dormir bem e amanheceu com o corpo roxo, gelado e com espuma na boca e no nariz, o que inicialmente levantou a suspeita de envenenamento.
“Foi Deus que quis levar minha filha, não foi o homem, não foi tiro”, lamentou a mãe da menina, ainda abalada.
A dor da perda foi agravada nos dias seguintes por acusações feitas nas redes sociais. O pai da adolescente foi alvo de boatos e apontado como responsável pela morte da própria filha.
“Eu não fiquei com medo, porque eu não devo. A gente tirou o laudo e agora pode mostrar para as pessoas que falaram de mim”, afirmou ele, após a divulgação do resultado oficial.
A mãe também saiu em defesa do companheiro: “Eu conheço o pai de família que ele é. Sabia que ele não tinha feito nada.”
Além de trazer alívio para a família, o caso reforça a importância da prudência e da responsabilidade ao compartilhar informações nas redes. Acusações sem provas podem agravar ainda mais a dor de quem já enfrenta o luto.
“Infelizmente, tem muita gente maldosa. Mas eu entrego nas mãos de Deus e na justiça divina. Eu só estava aguardando o laudo para comprovar essa situação toda”, disse a mãe.
Sobre o caso:
* Com informações de Renata Fermo da TV Sim/SBT