Menina é encontrada morta na Serra; polícia investiga

Pai foi acusado na internet de ter envenenado a filha e disse ter sido vítima de fake news; entenda o caso

Por Redação
Ketlen Santos Faria, foi encontrada morta na manhã de domingo (16) na Serra

Uma adolescente de 13 anos, identificada como Ketlen Santos Faria, foi encontrada morta na manhã de domingo (16) na casa em que morava com a família no bairro Vista da Serra, na Serra. De acordo com a mãe da menina, ela foi chamar a filha para acordar, por volta das 10 horas, e percebeu que a jovem já estava gelada, com a pele roxa e com espuma na boca e no nariz.

Segundo a família, em entrevista a reportagem da TV Sim/SBT, a menina dormia em um quarto compartilhado com a mãe e a irmã gêmea. A mãe da adolescente, disse que Ketlen não tinha problemas graves de saúde e estava bem até o dia anterior à sua morte, que inclusive passou a tarde toda de sábado brincando.

Ainda segundo a mãe da menina, foi a irmã gêmea de Ketlen quem teve febre na noite de sábado, mas a menina foi medicada e dormiu, acordando bem no dia seguinte.

O pai da jovem acredita que Ketlen tenha passado mal durante a noite, mas afirmou que não ouviu ela pedir ajuda. Segundo ele, toda a família comeu a mesma coisa na noite anterior a morte da jovem e que ninguém apresentou sintomas de intoxicação.

O caso ainda segue um mistério. A polícia foi acionada, esteve no local e recolheu o corpo da menina para exames no Instituto Médico Legal (IML) de Vitória.

Pai foi acusado na internet de ter envenenado a filha

Pai fala sobre acusações de ter envenenado a filha | Foto: Reprodução TV Sim/SBT

Enquanto aguardam a liberação do corpo para o velório e sepultamento, a família ainda lida com rumores compartilhados nas redes sociais que diziam que o pai da jovem teria sido responsável pela morte de Ketlen. Ele negou que tenha atentado contra a própria filha e disse que está sendo acusado injustamente.

“Jamais eu ia fazer isso. Eu posso passar a maior raiva que for, mas nunca que eu iria triscar a mão na minha mulher nem nos meus filhos. Não adianta a gente triscar a mão numa criança que não deve nada a ninguém. Por qual motivo a gente ia fazer isso? Não existe isso não. Na hora que chegar o laudo aqui eu vou espalhar no grupo pra poder pagar a língua dos caras que não tem nada a ver. Lá do outro lado, eles puxaram o zoom e tiraram foto da minha casa, falando que fui eu que matei minha própria filha”, desabafou.

Mensagens compartilhadas nas redes sociais acusam pai da menina

“Meus colegas falaram que chegou dois caras aqui falando que iam me pegar, eu nem cheguei a ver eles, porque eu tava lá dentro conversando com os policiais, mas eles já queriam chegar entrando com tudo. Meu genro e outro cara aqui falaram que não era pra eles fazerem isso não, aí eles voltaram pra trás”, completou o pai da menina.

Em conversa com a reportagem, Maria Joelma também reforçou que seu marido nunca foi agressivo com as crianças. “Tenho medo de que as fake news possam causar uma tragédia ainda maior”, afirmou.

Caso segue sob investigação

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado como encontro de cadáver e o procedimento foi encaminhado para a Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM), que aguardará o resultado dos exames.

O prazo para a emissão do laudo pericial é de 10 dias, podendo ser prorrogado a requerimento dos peritos.

Ainda de acordo com a polícia, em situações que requerem exames laboratoriais, o processo pode levar mais tempo, especialmente quando são necessários exames de DNA (até 30 dias), exames toxicológicos amplos e exames histopatológicos, um procedimento laboratorial que envolve a análise microscópica de tecidos biológicos (entre 60 a 90 dias).

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