Seis meses se passaram desde que o corpo da diarista Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, foi encontrado com sinais de violência em uma cova rasa no bairro Vale Encantado, em Vila Velha. Apesar do tempo, o caso continua sem solução — e a pergunta que ecoa entre familiares e vizinhos segue sem resposta: quem matou dona Iraci? E por quê?
Na manhã desta terça-feira (11), a filha da diarista, Fabíola Azevedo, voltou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em busca de novidades sobre o caso. “Disseram que ainda está em investigação, que o caso da minha mãe é mais complexo, e que eles não vão deixar de trabalhar em cima. Eu conto com o apoio das pessoas — quem viu alguma coisa, que possa denunciar. Isso vai ajudar tanto a família quanto a polícia também”, disse Fabíola.

O desaparecimento
No dia 26 de abril deste ano, dona Iraci saiu do prédio onde morava, por volta das 8h da manhã, para fazer a caminhada de todos os dias. Conhecida na vizinhança pela simpatia e pelo jeito tranquilo, ela trabalhava como diarista e costumava percorrer o mesmo trajeto pelas ruas do bairro. Mas, naquele dia, ela não voltou para casa.
O corpo foi localizado no dia 1º de maio, em uma área de mata, com mãos e pés amarrados. O cenário chamou atenção dos investigadores pela brutalidade, mas, até agora, ninguém foi preso.
O laudo médico apontou que a causa da morte é indeterminada, já que o corpo estava em avançado estado de decomposição, o que impossibilitou a realização de exames toxicológicos e complementares.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso segue em investigação e que, por enquanto, não há detalhes que possam ser divulgados. Enquanto isso, para a família, a dor e a espera parecem não ter fim.
“É massacrante para todos nós. Conviver com isso não tem sido fácil. A gente recebe apoio da família, um apoia o outro, os amigos. Ela era nossa base. Todo mundo sente muita falta dela”, desabafa Fabíola.
Seis meses depois do crime, a família de dona Iraci mantém a fé e a esperança como combustível para continuar cobrando respostas. “A fé e a esperança que me movem. Se não fosse isso, nem estaria aqui”, finaliza a filha.
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