O calendário já marca a contagem regressiva para a reforma tributária. Em janeiro de 2026, começa a transição para o novo sistema de impostos sobre consumo, que cria o IBS, a CBS e o Imposto Seletivo. O advogado Marco Túlio Ribeiro Fialho, especialista em Direito Público e Tributário e sócio do Ribeiro Fialho Advogados, lembra que apesar da importância histórica, pontos decisivos ainda estão indefinidos: o funcionamento do Comitê Gestor do IBS, responsável por uniformizar regras e distribuir receitas; a definição das alíquotas de referência, que dará clareza sobre a carga tributária; além de ajustes técnicos como o split payment, a adaptação da nota fiscal eletrônica e o sistema de cashback para famílias de baixa renda. Sem esses avanços, alerta o especialista, a tão prometida simplificação corre o risco de virar mais uma obra inacabada no já complexo edifício tributário brasileiro.