Um total de 37 pessoas foram presas na Operação ‘Bandido Não Se Cria’, da Polícia Civil no norte do Espírito Santo. A identificação dos suspeitos de integrarem um organização criminosa na região, bem como a conexão entre eles, teve a contribuição do trabalho dos peritos do Departamento de Perícia em Eletrônicos (Depe), da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES).
Segundo a PC, em agosto de 2024, a Delegacia de Polícia (DP) de Rio Bananal encaminhou um telefone celular para que a equipe da Depe realizasse a extração e análise dos dados contidos no aparelho. O objetivo era confirmar se o dono do telefone era envolvido com o tráfico de drogas.
O laudo pericial, além da análise de 32 gigabites de arquivos extraídos deste celular, levaram a Polícia Civil a avançar nas investigações. Algum tempo depois, outros dois aparelhos foram encaminhados para a Depe e periciados. Os laudos foram incluídos na investigação da DP de Rio Bananal.
Ao todo, a perícia extraiu, dos três aparelhos, 54 gigabites de dados, por meio de técnicas forenses avançadas. As informações possibilitaram à Polícia Civil desenhar a teia de comunicações e conexões entre suspeitos de integrarem uma organização criminosa atuante na região Norte do Estado. O resultado foi a prisão de 37 pessoas, sendo 17 durante as investigações, 18 na última quarta-feira (11) e mais duas posteriormente.
Suporte em operações complexas
“A atuação pericial, realizada por profissionais especializados, assegura a integridade das informações e o respeito aos protocolos legais vigentes, fortalecendo a investigação e demonstrando a importância do suporte especializado em operações complexas. O trabalho da Polícia Científica oferece segurança jurídica e garante a produção de provas robustas, que embasam o processo penal”, afirmou o perito-geral oficial, Carlos Alberto Dalcin.
“Sem o trabalho de inteligência dos peritos e amparado por equipamentos de última geração, a operação não teria tanto sucesso. Esse empenho resultou no indiciamento de 49 indivíduos, realização de buscas e apreensões domiciliares e 35 prisões”, disse o delegado Fabricio Lucindo, titular da DP de Rio Bananal e responsável pelas investigações.
Para a PC, “o sucesso dos trabalhos periciais reafirma o compromisso com a excelência técnica e a segurança jurídica, evidenciando que o trabalho do Departamento de Perícia em Eletrônicos da PCIES tem sido crucial para os trabalhos do Ministério Público, do Poder Judiciário e da Polícia Civil. Reitera-se, assim, a cooperação e a disponibilidade coletiva na busca de resultados que promovam a pacificação da sociedade”.