Risco faz Crea pedir interdição de 3 prédios públicos no ES

A situação mais crítica foi identificada no Ginásio Wilson Freitas, no Saldanha da Gama

Por ES360
Foto: Divulgação CREA-ES

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) finalizou uma série de vistorias técnicas e fiscais em três imóveis da Grande Vitória nesta segunda-feira (16) e pediu a interdição do Ginásio Jones dos Santos Neves (DED), o antigo prédio do Departamento de Imprensa Oficial (DIO) e o Ginásio Wilson Freitas, localizado no Clube de Regatas Saldanha da Gama.

De acordo com o presidente do Crea-ES engenheiro Jorge Silva, as vistorias fazem parte de um conjunto de ações preventivas adotadas pelo Crea-ES após o desabamento parcial da estrutura do Ginásio do DED, ocorrido em maio. Os imóveis inspecionados apresentaram riscos distintos, e o Conselho emitiu ofícios com determinações específicas às empresas responsáveis e às autoridades competentes, reforçando nosso compromisso com a segurança da sociedade capixaba”.

No Ginásio Jones dos Santos Neves, o Crea-ES solicitou a retirada imediata do muro comprometido em decorrência do colapso estrutural, que permanece apresentando risco de queda. O local foi liberado, desde que as atividades sejam executadas com o acompanhamento de profissional ou empresa legalmente habilitados, com registros de Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) e em conformidade com as exigências técnicas anteriormente recomendadas.

Cobertura do ginásio desabou | Foto: Reprodução rede social

Os trabalhos de conclusão dos serviços que estavam sendo realizados no antigo prédio do DIO, imóvel vizinho ao ginásio colapsado, foram autorizados, desde que sejam mantidos o escoramento e o cumprimento das recomendações técnicas emitidas pelo Conselho, uma vez que a estabilidade do imóvel ainda depende dessa estrutura provisória.

A situação mais crítica foi identificada no Ginásio Wilson Freitas, no Saldanha da Gama. A vistoria técnica detectou o agravamento das condições estruturais e manteve a recomendação de interdição do espaço, inclusive com comunicação formal à Defesa Civil de Vitória. Foram constatados danos severos nas armaduras de concreto, risco de desplacamento de reboco e concreto, ataques avançados de cupins nas estruturas de madeira e risco de colapso do muro externo, além de trincas e rachaduras em pilares e vigas. O Conselho também notificou os responsáveis sobre a obrigatoriedade de contratação de profissional ou empresa devidamente habilitados e emissão de laudo técnico num prazo de 10 dias.

O Crea-ES reforça que seguirá acompanhando os três casos e fiscalizando o cumprimento das recomendações técnicas, a validade das ARTs apresentadas e a conformidade das intervenções com as normas legais e de engenharia. As medidas têm caráter preventivo e visam preservar vidas e garantir que os espaços estejam seguros para uso coletivo.

“O papel do Crea-ES vai além da fiscalização profissional. Nós atuamos diretamente na proteção da sociedade. Não é admissível que edificações com risco de colapso sigam sendo utilizadas. Continuaremos vigilantes e atuando com firmeza, sempre com foco na segurança da população capixaba”, destacou o presidente do Conselho, engenheiro Jorge Silva.

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