Pistache se firma como queridinho nas gelaterias capixabas e lidera entre variedades do setor

O pistache caiu no gosto dos capixabas e virou uma febre no paladar de clientes de gelaterias e sorveterias do Espírito Santo. Esses estabelecimentos tem aberto cada vez mais espaço para o ingrediente, que pode custar até R$ 500 por quilo da pasta.

O motivo? Retorno em sabor, qualidade e demanda. Empresários locais, inclusive, querem se firmar como a opção dos clientes de uma experiência premium.

Produtos artesanais

A empresária Júlie Ferrari, que administra a marca capixaba artesanal de picolés e gelatos Originalle, explica que o pistache é o carro-chefe da produção. “Usamos o pistache incorporado com outros sabores como framboesa e chocolate no potinho de gelato, mini picolé, picolé e super premium, que são produtos bem cremosos.”

Ela explica que além da vantagem do sabor, a oleaginosa é saudável e nutritiva, sendo uma fonte de proteínas, fibras, antioxidantes, vitaminas e minerais. “Isso agrega valor nutricional aos produtos feitos com o grão”, destacou.

Júlie percebe que o sabor conquistou um público cativo e fiel. Além disso, mesmo que passe o pico da tendência, esse sabor continuará a ser apreciado por um nicho de consumidores.

CAMPEÃO DE VENDAS NO ES

Segundo Eneiva Ewald Rodrigues, sócia da MMR Representações, que atua na venda de produtos alimentícios de indústrias de diversos países, o pistache é o campeão de vendas no Espírito Santo.

“Cerca de 70% das nossas vendas de pistache são destinadas a gelaterias, mesmo com o custo elevado, devido ao seu grande potencial gourmet. Representamos, entre outras marcas, a italiana Fabbri, especializada em pistaches selecionados de alta qualidade, reforçando o prestígio do produto no mercado capixaba.”

Eneiva destaca que a Fabbri, fundada em 1905 e referência mundial no setor alimentício, se diferencia pela produção de uma pasta de pistache super concentrada, elaborada exclusivamente com castanhas selecionadas.

ALTO RENDIMENTO

O quilo da pasta de pistache, de acordo com a empresária, chega a custar quase R$ 500, mas apenas 80 gramas dessa pasta são suficientes para produzir 1 quilo de gelato, o que a torna um ingrediente de alto rendimento e qualidade.

O uso da pasta oferece mais segurança e consistência no processo de fabricação dos gelatos e picolés, pois já vem pronta para o uso, eliminando os riscos associados à torra e ao processamento do pistache em grão. Torrar o pistache de forma inadequada pode comprometer a qualidade do produto, resultando em perda de sabor e até do ingrediente, o que torna a pasta uma opção mais confiável para garantir o sabor autêntico e a eficiência na produção.