A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (30), Karine Gabrielly De Bem Moreira, de 18 anos, ex-companheira de Alisson Lemos Rocha, conhecido como “Russo” ou “Gordinho do Valão”. Alisson foi morto no último dia 28 de outubro, durante uma megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro. A prisão ocorreu no bairro Barro Branco, na Serra.
De acordo com o Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc), após a morte de Alisson, Karine teria iniciado a retirada de armas e drogas que estavam guardadas na casa onde vivia com a mãe, com o objetivo de evitar que o material fosse apreendido pela polícia.
As investigações apontaram movimentação intensa de pessoas e veículos nas proximidades do imóvel. Diante de novas denúncias anônimas indicando que drogas e armas estavam sendo retiradas do local, os policiais realizaram uma ação de monitoramento e, diante da suspeita e do risco de perda de provas, entraram na residência.
No imóvel, foram encontrados uma barra de maconha e “catuques” – bilhetes e recados enviados por presos a comparsas em liberdade.

“O Alisson era traficante, estava no Rio de Janeiro e foi morto na ação da polícia lá. Ele comandava o tráfico do bairro Barro Branco. Com essas ações de inteligência do plano de contingenciamento, junto com a Polícia Civil, nós conseguimos identificar a casa onde ela supostamente guardava droga e começamos a fazer campanas, inclusive durante o velório do Alisson”, explicou o delegado Felipe Pimentel, adjunto do Denarc.
Segundo o delegado, Karine havia completado 18 anos recentemente, mas já acumulava três passagens por tráfico de drogas antes de atingir a maioridade. A polícia investiga agora a ligação criminosa entre ela e Alisson.
“Pela ligação dela com ele, e pelo fato de ele não residir no estado, acreditamos que ela pode trazer algumas informações que ele precisava aqui no estado, talvez funcionar como um braço dele aqui, e articular com essa pessoa o leva e trás de droga do Rio de Janeiro para o Espírito Santo”, afirmou Pimentel.
Mesmo morando fora do estado, Alisson continuava comandando o tráfico de drogas em Barro Branco. Ele estava sendo monitorado pela polícia desde abril deste ano, quando passou a se esconder na capital fluminense.
Além de Alisson, outros cinco capixabas foram identificados entre os suspeitos na operação no Rio. Dois morreram durante as ações e três foram presos em flagrante.





