Desova de tartarugas encanta pesquisadores em Regência

A cena chama atenção não apenas pela beleza do momento, mas também pela luz vermelha que aparece nas imagens, que lembra até o "Mundo Invertido" da série "Stranger Things"

Por Redação
Foto: Divulgação

A desova de tartarugas-marinhas na Praia de Regência, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, ganhou um registro especial feito pela equipe do Projeto Chelonia mydas. O vídeo mostra um verdadeiro espetáculo da natureza, com uma tartaruga fêmea depositando seus ovos enquanto relâmpagos iluminam o céu ao fundo.

A cena chama atenção não apenas pela beleza do momento, mas também pela luz vermelha que aparece nas imagens, que lembra até o “Mundo Invertido” da série “Stranger Things”. Apesar da comparação divertida, o brilho vermelho tem uma função essencial: proteger as tartarugas durante a desova.

Por que usar luz vermelha?

Segundo a bióloga Camila Miguel, do projeto, a luz vermelha é utilizada porque causa menos interferência no comportamento dos animais. As tartarugas são muito sensíveis à luz branca, podendo se assustar e: interromper a postura, escolher um local inadequado para o ninho ou até desistir da desova.

A luz vermelha, por outro lado, é percebida com pouca intensidade pelas fêmeas, permitindo que os pesquisadores acompanhem o processo sem atrapalhar a natureza em ação.

“É a forma mais segura de observar a vida acontecendo diante dos nossos olhos, sem causar estresse ao animal”, explica Camila.

Um espetáculo que segue seu ritmo

No vídeo, a tartaruga realiza a postura dos ovos enquanto os pesquisadores monitoram à distância. A combinação de mar agitado, relâmpagos e a iluminação controlada cria uma cena impactante — e reforça como a natureza segue seu ciclo mesmo em meio à aproximação de uma tempestade. A edição ganhou sonorização fazendo referência a série Stranger Things. Veja:

Como agir ao encontrar uma tartaruga desovando

A orientação é que moradores e turistas ajudem a preservar o momento:

  • Mantenha distância e não toque no animal;

  • Evite luz branca de lanternas e celulares — use luz vermelha, se necessário;

  • Agache-se para não bloquear a visão do mar;

  • Comunique o órgão ambiental responsável da região.

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