Ex-namorado é condenado a 37 anos pela morte de enfermeira

Íris Rocha estava grávida de oito meses e foi encontrada morta no dia 11 de janeiro de 2024 em uma estrada de chão em Alfredo Chaves

Por Redação

O Tribunal do Júri de Alfredo Chaves, na região Sul do Espírito Santo, condenou nesta segunda-feira (1º) Cleilton Santana dos Santos a 37 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pela morte da enfermeira Íris Rocha de Souza, de 30 anos, assassinada em janeiro de 2024. O julgamento ocorreu no Fórum Desembargador Madeira de Freitas.

Cleilton foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado, feminicídio, aborto sem consentimento da gestante, ocultação de cadáver e concurso material. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES), responsável pela acusação, informou que recorreu da dosimetria da pena por considerar a condenação abaixo do esperado.

Crime e investigação

Íris, que estava grávida de oito meses, foi encontrada morta no dia 11 de janeiro de 2024 em uma estrada de chão na localidade de Iracema, entre Matilde e São Bento de Urânia, em Alfredo Chaves, na região serrana do estado. O corpo tinha marcas de tiros e estava coberto com cal, produto usado em construções.

As investigações apontaram que Cleilton desconfiava que o bebê não era dele, mas exames de DNA confirmaram que ele era o pai da criança. O MPES sustentou que o crime foi motivado por ciúme, controle e violência de gênero.

Vítima vivia agressões

Segundo o inquérito, Íris vinha sofrendo agressões físicas e costumava usar roupas de manga comprida para esconder os hematomas. A família afirmou que ela e o suspeito já não eram mais um casal, mas, de acordo com a polícia, ambos ainda mantinham contato.

Íris era enfermeira, formada e atuante na área, e também mestranda na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A morte da jovem e do bebê causou grande comoção no estado.

O Ministério Público destacou que a condenação representa “um passo importante na defesa da vida, da proteção das mulheres e do enfrentamento ao feminicídio”, e reforçou que crimes dessa natureza devem ter penas compatíveis com sua gravidade.

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