Jovem é arrastada após motorista furar protesto no ES

Manifestação foi organizada por parentes de um pinto que foi assassinado durante uma festa no dia 16 de novembro

Por Redação

Amigos e familiares de Fernando da Silva Santos, pintor morto a tiros por um soldado da Polícia Militar no último dia 16 de novembro, realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (24) na rodovia Serafim Derenzi, em Vitória. O grupo pedia justiça, celeridade nas investigações e afirma que o trabalhador foi morto sem qualquer motivo.

Foto: @grandesaopedro

Durante a manifestação, um motorista tentou furar o bloqueio feito pelos participantes. Um vídeo gravado no local mostra o momento em que uma mulher fica pendurada no capô do carro enquanto o veículo avança por vários metros.

Segundo a Guarda Municipal, o motorista foi identificado e notificado por dirigir ameaçando os pedestres, recebendo infração gravíssima, 7 pontos na CNH e suspensão do direito de dirigir. A equipe disse que realizará o registro do Boletim de Ocorrência na Delegacia de Delitos de Trânsito.

Veja as imagens:


Apesar do susto, a jovem não se feriu. Em diálogo da Guarda com os manifestantes, a pista foi liberada e o fluxo normalizado.

Relembre o caso

Pintor morreu após confusão em festa de família em Vitória | Foto: Redes Sociais

Fernando foi baleado na noite de 16 de novembro durante uma comemoração no bairro Grande Vitória, na capital. A festa era em homenagem ao aniversário do pai dele.

Segundo familiares, a confusão começou quando um homem que não havia sido convidado para o evento jogou um copo de cerveja no rosto do pintor, iniciando uma briga com troca de socos. Moradores relataram que esse mesmo homem já havia causado tumulto no local em outras ocasiões.

Testemunhas afirmam que ele deixou o local e voltou armado com um facão. Enquanto Fernando tentava conversar com ele, um segundo homem — apontado pela família e moradores como um policial militar recém-formado — teria aparecido armado e disparado diversas vezes. Fernando foi atingido cinco vezes.

O pintor era dono da empresa de reparos e pintura FS Construções, que anunciou o encerramento das atividades após sua morte. Ele estava na festa acompanhado dos três filhos, que presenciaram o crime.

Policial deu outra versão

O soldado da PM envolvido no caso apresentou uma versão diferente. Em depoimento, disse que passava pela rua de moto, ao sair da casa do tio, quando viu Fernando segurando o que parecia ser uma pistola. O militar afirmou ter se identificado e ordenado que ele largasse o objeto, mas, segundo o soldado, Fernando teria avançado em sua direção — momento em que ele efetuou os disparos.

Um simulacro de arma de fogo foi entregue na Delegacia Regional de Vitória, junto da arma do policial.

A Polícia Militar informou que a Corregedoria acompanha o caso e que todas as denúncias envolvendo policiais são apuradas com rigor. O soldado foi conduzido à delegacia e liberado após a autoridade policial entender, naquele momento, que ele teria agido em legítima defesa.

A Polícia Civil segue investigando a morte.

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