Você sabe se tem diabetes? Alimentação e atividade física são aliadas ao tratamento da doença

O Dia Mundial do Diabetes, lembrado nesta terça-feira (14), é um importante momento para procurar o diagnóstico da doença com o devido acompanhamento médico. Mas uma outra pergunta acaba ganhando também uma grande importância: você que é diabético está tratando da doença?

O alerta vem de uma pesquisa da Aging Analytics Agency, empresa britânica especialista em medicina preventiva, que apontou: metade das pessoas diagnosticadas com diabetes não realiza o tratamento adequado. No Brasil, estima-se que há cerca de 16,8 milhões de pessoas acima dos 18 anos convivendo com a doença.

Os dados revelam a necessidade de chamar a atenção para o diagnóstico e prevenção do diabetes que, na maioria dos casos, pode ser evitada adotando um estilo de vida mais saudável ao longo da vida.

O QUE É O DIABETES

De acordo com o superintendente em Medicina Preventiva da MedSênior, Roni Chain Mukamal, o diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue.

“Existe o diabetes Tipo1, que representa apenas 5 a 10% dos casos da doença e ocorre quando o próprio sistema imunológico do paciente ataca as células que produzem a insulina. E o mais comum é o diabetes Tipo2, que representa 90% dos casos e vem crescendo entre população mundial nos últimos anos. Há, também, o diabetes Gestacional e os casos de Pré-diabetes”, explica.

Segundo o médico, o diabetes Tipo1 ocorre semelhante a uma doença autoimune, como se o paciente já nascesse com uma condição genética para o desenvolvimento da doença. Normalmente, é diagnosticado na infância e não tem como prevenir.

Já o diabetes Tipo2 pode ser evitado. “No diabetes Tipo1 acontece uma destruição das células responsáveis pela produção de insulina, de causa autoimune na grande maioria, ocasionando deficiência absoluta. Já no diabetes Tipo2, o mecanismo responsável pela hiperglicemia seria a dificuldade da ação da insulina, o que se denomina resistência insulínica”, esclarece.

MAUS HÁBITOS

O especialista em medicina preventiva reforça que o diabetes Tipo2, apesar de ter como fator de risco a hereditariedade, caracteriza-se por uma doença adquirida, principalmente, na fase adulta, e que pode ser prevenida ao longo da vida.

“Os casos de diabetes Tipo2 são mais comuns e estão diretamente associado à maus hábitos alimentares, consumo excessivo de açúcar e sedentarismo. Ter hábitos de vida saudáveis como alimentação balanceada e prática regular de exercícios físicos estão entre as formas eficientes de prevenção da doença”, garante.

Chama a atenção ainda para o fato de que muitas pessoas, atualmente, estão pré-diabéticas. “Por isso, é tão importante um uma rotina de hábitos saudáveis bem como a ida ao médico, anualmente, para orientação de quais exames são necessários conforme o perfil e estado de saúde de cada paciente, diz o especialista.

TRATAMENTO

Para todos os tipos de diabetes, o médico afirma que há tratamento. “A doença não tem cura, mas é fundamental esclarecer que, com informações adequadas e seguindo as orientações médicas e nutricionais recomendadas, além da realização das consultas de rotina e dos exames necessários, é possível manter os níveis de glicemia sob controle e viver de forma saudável”, garante.

Ele explica que os pacientes com diabetes Tipo1 fazem, de forma contínua e periódica, o tratamento com insulina injetável de forma subcutânea (por baixo da pele), aliado a uma alimentação saudável, sem açúcar, e atividade física regularmente. Já os pacientes com diabetes Tipo2, a alimentação balanceada e a atividade física são fundamentais para atingir as metas recomendadas para o controle da doença. Esta é mesma recomendação para as gestantes diagnosticadas com diabetes Gestacional – condição que normalmente desaparece após o parto.