Vídeo que mostra peixe do ‘juízo final’ não é no ES; entenda

Na verdade, a cena foi gravada no México, em uma ilha 'xará' ao estado capixaba

Por Redação
Foto: Reprodução

Um vídeo que está circulando nas redes sociais engana ao afirmar que a aparição de um peixe-remo, também conhecido como peixe do ‘juízo final’, aconteceu em uma ilha do Espírito Santo.

Publicação diz que o peixe apareceu no ES, mas não foi bem assim…

Na verdade, a cena que mostra o peixe de águas profundas — o qual a mitologia japonesa diz ser um prenúncio de desastre iminente — foi gravada no México, em uma ilha ‘xará’ ao estado capixaba, a ‘Isla Espíritu Santo‘ que fica no estado de Baja California Sur.

Em uma rápida pesquisa na internet é possível ver que jornais internacionais repercutiram a aparição do peixe no México nos últimos dias.

Um vídeo divulgado por um dos periódicos, inclusive, mostra as imagens originais, sem edição, em que as pessoas falam em Espanhol e mostram o resgate do animal, que ficou encalhado e depois foi devolvido ao mar.

Assista:

 

Portanto, nada de pânico! O tal ‘peixe do fim mundo’ passou bem longe da costa capixaba.

Por que o peixe é associado a desastres?

O peixe-remo é frequentemente associado ao “juízo final” e ao “fim do mundo” por conta de uma série de superstições e mitos ao longo da história. A espécie, que pode alcançar até 11 metros de comprimento e vive nas profundezas do oceano, é uma rara e misteriosa. Quando aparece, geralmente é encontrado nas proximidades de costas, e muitas vezes morto ou doente. Isso cria uma sensação de algo inusitado, quase ‘sobrenatural’.

Na antiguidade, especialmente no Japão, onde o peixe-remo também é conhecido como “Ryugu no tsukai” (mensageiro do palácio do rei dragão), o peixe era considerado um sinal de desastres iminentes. Algumas tradições associavam sua aparição à morte de um imperador ou a grandes desastres naturais, o que contribuiu para a ideia de que sua presença indicaria o fim dos tempos.

O peixe-remo ficou ainda mais conhecido por conta do tsunami de Fukushima, que ocorreu em março de 2011, no Japão. Na ocasião, várias pessoas relataram o aparecimento de exemplares da espécie mortos nas praias pouco antes e após a tragédia. Essa coincidência (ou não) fez com que muitas pessoas no Japão, que já estavam familiarizadas com a ideia do peixe-remo como um “mensageiro” de desastres, interpretassem as aparições como um presságio do tsunami devastador.

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