Vestido de noiva de Juma é produzido por estilista capixaba

O vestido da Juma (Alanis Guillen), na trama Pantanal  das 21h da TV Globo, assim como tantos outros produtos desenvolvidos a partir do reuso de couro proveniente da indústria brasileira do vestuário, fazem parte de um projeto de produção coletiva e cooperada envolvendo mulheres, artesãs, de comunidades rurais  do entorno do ateliê que fica em Viana e de várias outras localidades do Espírito Santo.

Este projeto eco social foi idealizado e é coordenado há mais de 30 anos pela designer e estilista Jacqueline Chiabay.

“Parte da nossa produção no corte manual das tiras das aparas de couro também é destinada a trabalho e renda, como forma de ressocialização, a mulheres egressas do sistema prisional que fazem parte de nosso Projeto Novas Marias”, destaca Jacqueline.

Para a designer e estilista, o propósito é a sustentabilidade do início ao fim do processo: “Além de prolongarmos a vida útil desta matéria-prima, o couro de caprino de abate, que se descartada erradamente pode ser muito prejudicial para o meio ambiente, transformamos em objetos de decoração e de moda, cheios de conteúdo e com a verdadeira humanização do vestir e do usar, através do fazer artesanal, explica Jacqueline Chiabay.

As técnicas e todo trabalho manual aplicados no vestido de Juma Marruá passaram pelo corte manual das tiras de couro, a trama do tricô no corpo e os detalhes das alças e da barra em montagem de crochês.

O Briefing da figurinista Marie Sales foi a partir da inspiração em outros dois vestidos e criações que apresentei na primeira prova, chegando neste shape final com o conceito que preenche todo estilo de vida da personagem e o propósito e beleza da novela. A Parceria com a valorização da figurinista Marie Sales foi fundamental.

“Por toda a nossa, a minha trajetória, que não começa neste episódio, a emoção, o sentimento de ter e estar no caminho certo são o maior troféu. Já estivemos em muitas outras cenas de novelas e séries da Globo, mas com esta proporção realmente superou tudo! E o mais bacana, a valorização da minha assinatura”, orgulha-se Jacqueline.

A dica da coluna é para valorizarmos sempre o que é capixaba. Então, quer adquirir os produtos e ainda ajudar num projeto sustentável super bacana?  Hoje o ateliê tem uma empresa que os representa para todo Brasil e para fora. Para o mercado de objetos, atende lojistas. @jacquelinechiabay.