A Polícia Civil desmantelou um esquema de estelionato conhecido como ‘golpe da cesta básica’, direcionado a idosos e pessoas vulneráveis na região de Vitória. A operação resultou na prisão de três indivíduos, sendo dois homens e uma mulher, oriundos do Rio de Janeiro, que aplicavam golpes em aposentados e pensionistas.
De acordo com a investigação, os criminosos ofereciam cestas básicas, remédios e vales gás como atrativos para enganar suas vítimas. Para receber os supostos benefícios, as vítimas eram levadas a fazer um cadastro.
“Eles efetuavam fotos dos documentos da vítima, do rosto da vítima com o documento e faziam também o reconhecimento facial. Utilizavam todos esses dados para abrir contas bancárias em bancos digitais. É exatamente o procedimento adotado por esses bancos para fazer solicitação de empréstimos. Os criminosos enganavam as vítimas dizendo que era apenas um cadastro para receber cesta básica mensalmente”, explicou o titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), delegado Fabiano Alves.
A investigação teve início em junho, após denúncias de vítimas que procuraram a polícia. Após dois meses de trabalho, a equipe conseguiu identificar os suspeitos, que estavam novamente em Vitória, aplicando o golpe. Na última sexta-feira, uma operação foi montada, resultando na prisão de dois homens e uma mulher, todos confessando a prática criminosa.
Além dos três já presos, um outro integrante também participa da organização mas ainda não foi identificado.
Imagens de câmeras de segurança capturaram a ação do grupo; confira:
As imagens mostram a ação dos criminosos ao chegarem na casa de um das vítimas. Antônio e Miriam são os aparecem fora o veículo, enquanto Ricardo espera no carro. Eles se apresentavam com profissionais do governo, mas sem nenhum uniforme ou identificação. Os dois abordam a vítima no portão e informam que ela foi contemplada para ganhar uma cesta básica, um remédio ou vale gás. A partir disso, eles se aproveitam da confiança ganhada para aplicar os golpes.
Os criminosos atuavam principalmente em áreas periféricas e entre aposentados, que muitas vezes ganham um ou dois salários mínimos. A polícia alerta que o golpe pode ter afetado mais pessoas do que as já identificadas, uma vez que os empréstimos podem levar meses para serem descontados, deixando vítimas sem saber que foram enganadas.
A polícia continua a investigar a origem das informações pessoais utilizadas pelos golpistas e busca identificar o quarto integrante do grupo que ainda está foragido. A população é incentivada a denunciar qualquer atividade suspeita e a ficar atenta a possíveis fraudes.
