O Theatro Carlos Gomes, um dos maiores símbolos culturais do Espírito Santo, já tem data marcada para reabrir as portas. O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande, nesta segunda-feira (27), que confirmou a reabertura no dia 22 de novembro, às 16h, com um grande espetáculo de celebração: um show do cantor capixaba Silva acompanhado pela Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses).
Segundo a Secretaria Estadual de Cultura, os shows serão realizados na Praça Costa Pereira e a visitação ao teatro será gratuita!

Oito anos de obras
Fechado desde fevereiro de 2017, o teatro passou por uma ampla obra de restauração e modernização. Segundo o governo, o espaço volta “restaurado, moderno e pronto para viver novos aplausos”.
Durante o restauro, foram executadas obras no telhado para proteger o monumento, instalação de climatização, novas redes elétricas, sistemas de combate a incêndio e para-raios (SPDA), além de camarins, banheiros acessíveis e salas administrativas totalmente reformados.
Os elementos arquitetônicos e ornamentais — como pinturas artísticas, esculturas e lustres históricos — foram cuidadosamente restaurados. O projeto seguiu o conceito do Instituto Modus Vivendi, com o objetivo de preservar a originalidade e a memória afetiva do teatro.
Patrimônio histórico e símbolo da cultura capixaba
Inaugurado em 1927, o Theatro Carlos Gomes é o mais antigo do Espírito Santo. Foi projetado pelo arquiteto italiano André Carloni, com inspiração no Teatro Alla Scala, de Milão. O prédio de estilo neorrenascentista foi construído para substituir o antigo Teatro Melpômene, destruído por um incêndio.
A primeira peça encenada no local foi “Verde e Amarelo”, de José do Patrocínio e Ruy Pavão, apresentada pela Companhia da Revista Tam-Tam.
O teatro foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC) em 1983 e, por décadas, recebeu peças, concertos e espetáculos de dança, firmando-se como um dos principais palcos artísticos do Estado.
Projeto de restauro e modernização
O projeto de restauro, iniciado em 2017, foi desenvolvido pelas equipes da Gerência de Memória e Patrimônio e da Gerência de Espaços e Articulação Cultural da Secult, em parceria com o Departamento de Edificações e de Rodovias (DER-ES) e a empresa Arquistudio Arquitetura e Urbanismo, responsável pelo projeto técnico.
As melhorias incluíram tratamento acústico, modernização dos sistemas hidráulico e elétrico, obras de acessibilidade, climatização e a criação de um café no foyer superior, aberto ao público.





