Quatro pessoas são presas no ES com joias, armas e R$50 mil em dinheiro

A Polícia Civil do Espírito Santo, por meio do Departamento Especializado em Narcóticos (Denarc), apreendeu drogas, joias e mais de R$50 mil, em dinheiro, além de um arsenal, em poder de quatro homens, que foram presos em flagrante. As prisões e as apreensões aconteceram no último dia 5 de julho e os detalhes foram divulgados em coletiva de imprensa nesta terça-feira (11).

A operação policial teve a finalidade de cumprir mandados de busca e apreensão domiciliar, em Vila Velha, para reprimir o tráfico de drogas e a comercialização irregular de armas de fogo na região.

O chefe do Departamento Especializado em Narcóticos (Denarc), delegado Tarcísio Otoni, explicou que entre os materiais apreendidos estava uma quantidade de Haxixe, droga normalmente consumida por pessoas de poder aquisitivo mais alto e que esse grupo criminoso pode estar ligado ao fornecimento de armas para traficantes.

“Essa droga (Haxixe) não é produzida no Brasil, não é plantada aqui, portanto monitoramos as informações de quando essa droga chega em nosso estado para impedir que sejam distribuídas para as bocas de fumo. Somente esse ano, o departamento retirou mais de uma tonelada e meia de drogas nas ruas. Nos últimos 3 anos foram mais de sete toneladas. Percebemos que cada vez mais são entorpecentes ligados ao tráfico de armas”, destacou.

“Junto ao material nos surpreendeu, por exemplo, um armamento de origem americana, automático que dispara mais de 600 munições por minuto”, acrescentou Otoni.

Segundo a delegada Larissa Lacerda, três dos presos já tinham passagem policial e, de acordo com as investigações, um dos indivíduos era responsável por distribuir drogas em festas. “Ele era promotor de eventos e se utilizava dessa profissão para a distribuição de drogas. Nas residência do indivíduo foram encontrados elementos que apontam a sua participação nessa associação para o tráfico”, revelou a delegada.

A delegada afirmou que todos os indivíduos foram autuados em flagrante delito por tráfico, associação ao tráfico e pela posse das armas de uso restrito. “A prisão em flagrante foi convertida em preventiva e as investigações sobre a organização e sobre os ilícitos continuam”, disse.

O chefe do Departamento Especializado em Narcóticos (Denarc) também reforçou que o trabalho de investigação não termina na prisão dos suspeitos. “O inquérito policial vai se desdobrar no intuito de identificar outros atores, a origem desse entorpecente e também os intermediários que atuam nessa cadeia logística do tráfico de drogas”, afirmou.

“Quem comanda essa cadeia do crime, é o usuário recreativo. Então, tem drogas que só são vendidas em determinados lugares por um preço bem elevado, que só determinada classe de pessoas pode adquirir. Essa prisão é muito importante, pois retira da mão de grandes traficantes armamentos pesados que colocam em risco a vida das pessoas.” finaliza Tarcísio Otoni.