Arthur Laudevino Candeas Luppi, preso por suspeita de participação na morte do empresário Wallace Borges Lovato, de 42 anos, já tentou ingressar na Polícia Militar do Espírito Santo por meio de concurso público. Ele foi preso na última terça-feira (17), em Minas Gerais.
Além do concurso da PM, o suspeito também se inscreveu para o cargo de agente penitenciário, em seleção realizada pela Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus) em 2023.
Segundo a Sejus, o suspeito foi transferido de Minas Gerais e está preso no Centro de Triagem, em Viana.
Até então, a Polícia Civil capixaba vinha mantendo sigilo sobre as linhas de investigação, principalmente quanto à motivação do crime. As apurações continuam para identificar todos os envolvidos e o possível mandante. A Polícia informou que os próximos passos da investigação só serão divulgados quando houver avanços concretos.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que a prisão do suspeito de um homicídio ocorrido no estado do Espírito Santo foi realizada em território mineiro, porém as investigações e a operação foram conduzidas pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES).
Saiba mais sobre o crime
O assassinato de Lovato aconteceu no dia 9 de junho, na Praia da Costa, em Vila Velha, quando ele saía do prédio onde funcionava uma de suas empresas. O crime foi registrado por câmeras de segurança. Nas imagens, é possível ver o empresário dentro de uma BMW, que foi emparelhada por outro veículo, de onde partiram os disparos. Wallace foi atingido e chegou a ser socorrido por amigos, mas morreu no hospital.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Leonardo Damasceno, já havia classificado o assassinato como uma execução planejada. Segundo ele, o crime teve um mandante e foi realizado com organização. “Foi uma execução. Obviamente foi um crime planejado, organizado, e temos um mandante com toda a certeza do crime e com uma motivação”, afirmou Damasceno durante entrevista coletiva na sexta-feira (13).
Um dos elementos que reforçam a tese de crime premeditado foi o uso de um veículo clonado na ação. O Fiat Pulse cinza, utilizado para abordar a vítima, foi localizado dois dias após o homicídio, abandonado próximo à alça da Terceira Ponte, em Vitória. A perícia da Polícia Científica confirmou que o carro era clonado e que o veículo original havia sido roubado fora do Espírito Santo. As autoridades também conseguiram rastrear o trajeto do carro até chegar ao estado.