A Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) informou, nesta quinta-feira (30), que as análises laboratoriais realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen/ES) em amostras de pacientes ligados ao surto intra-hospitalar registrado no Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, descartaram a presença da Covid-19 e de qualquer nova cepa do vírus.
De acordo com a pasta, nenhum vírus foi identificado, até o momento, como responsável pelos casos. O secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, destacou que as transmissões ficaram restritas a pessoas que estiveram em áreas de internação do hospital.
“As transmissões ficaram restritas a pessoas que estiveram em ambientes de internação do hospital, reforçando que não há risco de disseminação na comunidade”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.
O secretário também ressaltou que não foram detectados casos de transmissão entre pessoas. “A Secretaria segue monitorando a situação e adotando todas as medidas necessárias para garantir a segurança de pacientes, profissionais e da população”, disse.
Ações de investigação e vigilância
O trabalho de vigilância e investigação do surto é conduzido pela Sesa, por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde e as secretarias municipais de saúde.
Entre as ações realizadas estão análises laboratoriais, investigação e monitoramento de casos suspeitos, produção de materiais técnicos para orientação das equipes de saúde e elaboração de informativos para a população.
“Nosso compromisso é garantir a segurança e a saúde de todos, oferecendo o apoio necessário para superar este desafio”, reforçou Hoffmann.
Definição de caso suspeito
Segundo a Nota Técnica Conjunta nº 02 Sesa/SSVS/GEVS, é considerado caso suspeito do surto intra-hospitalar qualquer pessoa que tenha passado por setores de internação do Hospital Santa Rita após 20 de setembro deste ano, como trabalhadores, acompanhante/visitante ou paciente e que atenda a pelo menos uma das condições abaixo:
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Febre e pelo menos dois dos seguintes sintomas: mialgia, cefaleia ou tosse, sem dor de garganta, coriza, perda de olfato ou paladar; ou
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Febre e alteração radiológica pulmonar, associada a pelo menos um dos sintomas: mialgia, cefaleia ou tosse.
A nota técnica foi encaminhada a todos os serviços de saúde do Estado para orientar os profissionais na conduta assistencial. A Sesa recomenda que pessoas que tenham estado no hospital após a data mencionada e apresentem os sintomas procurem atendimento médico e informem o vínculo com a unidade.
Diferenças entre surto e pandemia
A Secretaria da Saúde explicou ainda a diferença entre os termos “pandemia” e “surto”. A pandemia acontece quando uma doença se espalha por vários países ou continentes, atingindo um grande número de pessoas, como foi a Covid-19 em 2020. Já o surto acontece quando há um aumento localizado de casos de uma doença — ou seja, restrito a uma área ou instituição.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, reforçou que o evento no Hospital Santa Rita se enquadra nessa última categoria.
“O caso do Hospital Santa Rita é um surto localizado, e até o momento não há evidências de transmissão de pessoa a pessoa, não apresentando disseminação”, afirmou o subsecretário.





