O ex-atacante Ronaldo Fenômeno participou de mais uma “live” neste domingo, desta vez com o argentino Juan Sebastián Verón. Ao longo da conversa, chamou a atenção quando o brasileiro explicou como treinou muito a perna esquerda para também fazer gols com ela, por influência de um ídolo da infância: Zico.
“Quando eu tinha a idade d
e 10, 11 anos, vi uma entrevista do Zico, grande ídolo do Flamengo e da seleção. No programa, ele ensinava, chutava contra a parede apenas com a perna esquerda. E por uma, duas horas, com a perna esquerda”, relatou Ronaldo.
“Isso ficou na minha cabeça por muito tempo e por muito tempo eu o copiei e chutei no muro. Eu tinha a canhota cega, não servia nem para subir no ônibus. Durante anos estive fazendo o que vi Zico fazendo na televisão e isso me ajudou muitíssimo porque no final, dos quase 500 gols que fiz, quase 200 foram com a canhota. É um número muito alto e por algo que eu busquei”, contou o ex-jogador brasileiro.
Ronaldo incluiu na conta os amistosos que disputou durante a carreira – por partidas oficiais, o Fenômeno marcou 414 gols nos sete times que jogou na carreira (Cruzeiro, PSV Eindhoven, Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid, Milan e Corinthians) e na seleção brasileira.
O ex-atacante reforçou o quanto isso foi importante posteriormente. “Normalmente, o jogador tenta melhorar o que tem de bom, mas poucos buscam melhorar o que tem de mal. Eu tentei e tive muito êxito com isso. Por isso que saíram tantos gols com a canhota”, ressaltou.
VOLTA FICOU NA IDEIA – Como a “live” aconteceu nas páginas do Estudiantes nas redes sociais, clube do qual Verón é presidente (e ídolo), diversos torcedores argentinos pediram que Ronaldo voltasse para jogar na equipe. O Fenômeno relatou que não pensa nisso, mas cogitou em 2019 após comprar o Valladolid, da primeira divisão espanhola.
“Quando comprei o Valladolid, no primeiro ano, fiquei pensando, semanas pensando, Se faço um sacrifício, treino três, quatro meses, posso voltar, jogar algumas partidas, mas não saiu da ideia. A realidade é que sofri demais. Além disso, os garotos são muito rápidos. Não há um jogador lento hoje em dia”, comentou o ex-atacante.
Ronaldo e Verón nunca chegaram a jogar no mesmo time, mas se enfrentaram algumas vezes por clubes e seleções, com vantagem para o argentino: foram cinco vitórias, um empate e em apenas duas oportunidades a equipe do brasileiro saiu vencedora.