Resultado das Eleições revela um país dividido politicamente

No último domingo (31) de Eleições, 118.55.997 eleitores votaram em todo o Brasil – metade destes rejeita um ou outro candidato, sendo que, ao final da apuração, Lula teve 50,9% dos votos e Bolsonaro, 49,1%. Essa é a diferença mais apertada entre todos os pleitos presidenciais na história da República.

Esse índice de rejeição não se desfaz instantaneamente após as apurações, muito ao contrário, tende a pautar todas as ações políticas futuras. Lembrando que 5.700.440 eleitores decidiram anular ou votar em branco repudiando ambas candidaturas.

O Presidente eleito deverá enfrentar polarização no Congresso Nacional e o cenário político que se apresenta, com óbvia tendência de direita e centro-direita, vai interferir na atuação política do novo mandatário a partir de janeiro de 2023.

Indubitavelmentem o novo Presidente vai enfrentar dificuldades para aprovar seus projetos e negociar com o parlamento. Lula não deve desprezar que o PL, partido do atual presidente Bolsonaro que elegeu a maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado da República, reunindo 99 deputados e 13 senadores.

Dessa vez, diferentemente do que ocorreu em outras candidaturas da esquerda, a oposição será muito mais agressiva e contundente do que foi o PSDB, ainda que os históricos membros do chamado ‘centrão’ façam parte da composição do governo.

Em qualquer cenário, o certo é que a chave para a governabilidade do novo presidente estará na relação que conseguir construir com o parlamento, em especial com a presidência das duas Casas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira disse, em 6 de outubro que o Congresso eleito iria dar “continuidade ao governo Bolsonaro”. Já, após a apuração, disse que “a vontade da maioria manifestada nas urnas jamais deverá ser contestada”, e arrematou “as urnas já haviam falado em 2 de outubro passado, quando apontou que quer um Brasil no caminho das reformas, de um Estado menor e mais eficiente. Esse recado foi dado e deverá ser levado a sério”.