Remix de sucessos de Rita Lee, iniciativa válida do filho

Por Rodrigo Gonçalves

“Quando contei aos meus pais que Só de Você iria ganhar um remix, eles ficaram sem saber para onde a faixa iria. Ao ouvirem, ficaram felizes”, conta o DJ João Lee, filho de Rita Lee e Roberto de Carvalho, em coletiva de imprensa virtual realizada no início da noite desta quinta-feira, 24. É dele o projeto Rita Lee & Roberto – Classix Remix, que chegou ao seu terceiro e derradeiro volume na sexta, 25, apenas em versão digital.

Lançada em 1982, no álbum Rita Lee e Roberto de Carvalho, Só de Você, é da safra romântica do casal. Na ficha técnica original, conta com a presença dos integrantes do Roupa Nova, Nando (baixo), Serginho (bateria), Kiko (guitarra) e Ricardo Feghali (rhodes), do baterista Rubinho Barsotti (vassourinha) e do pianista Cesar Camargo Mariano. “Sentou-se calmamente na frente do piano e com um toque de mágica nos transportou para a máquina do tempo e, vindo de não sei onde, ouvimos Ray Conniff, dançamos com Kim Novak no Picnic, enfim, tivemos a ligeira impressão de que antigamente era tudo bem mais chique!”, escreveu Rita, no encarte do disco.

Por isso, fica meio difícil de acreditar que a canção poderia ganhar beats e parar nas pistas de danças moderninhas e underground. Dessa vez, o piloto da “máquina do tempo” foi o jovem DJ paulistano Coppola. “Quando o João me convidou, consultei minha família e minha mãe disse que esse disco da Rita tocou na festa de casamento dela. Eu curti a gravação por ela ter uma pegada jazz”, conta, também na coletiva de imprensa.

Coppola mexeu no ritmo, no tempo e nas batidas da bateria. “Foi um processo demorado, foi o primeiro remix que eu fiz um som mais complexo. Fiz vários loops (samples) e depois montei o quebra-cabeça”, explica. O DJ preservou algumas notas do piano que caracterizam o arranjo original.

Outra música que está nesse terceiro volume é Pega Rapaz (1987), que também faz parte do volume 2, com remix do americano Eric Kupper – algumas faixas se repetem na trilogia, com diferentes DJs, agora é retrabalhada por Gui Boratto e Julio C.

“Todo mundo ama essa música. Foi difícil de fazer por conta das mudanças que tive que fazer na harmonia. A parte B foi cortada. Isso me incomodou um pouco. Não é uma versão concorrente da original, mas a respeita”, diz Boratto, que também assina o remix de Mutante no volume 1.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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