Professor que compartilhou agulhas em aula será intimado

Educador usou a mesma agulha para furar o dedo de 44 alunos em Laranja da Terra, no ES, durante uma aula prática

Por Redação
Foto: Reprodução

O professor de Química que realizou uma atividade com agulhas compartilhadas durante uma aula, em uma escola de Laranja da Terra, Noroeste do Espírito Santo, será intimado pela polícia para prestar esclarecimentos sobre o caso. Um inquérito foi aberto para apurar a conduta do educador, que submeteu 44 estudantes a um teste de tipagem sanguínea, durante um experimento.

Segundo o secretário estadual de Educação, Vitor de Angelo, assim que a pasta soube do ocorrido, afastou o professor e mobilizou a secretaria de saúde para a realização de testes de infecção nos alunos. Todos os testes deram resultado negativo para doenças, porém os exames serão repedidos em 30, 60 e 90 dias.

Os jovens, que têm idades entre 16 e 17 anos, participavam da aula de ‘Práticas Experimentais em Ciências’,  quando o professor teria usado a mesma agulha para colher o sangue dos estudantes e descobrir qual o tipo de sangue de cada um.

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia de Polícia (DP) de Laranja da Terra. “A unidade realizará oitivas de todos os envolvidos no caso. Outros detalhes da investigação não serão divulgados, no momento”.

Pais de alunos apreensivos

O compartilhamento de agulhas pode transmitir doenças infecciosas graves, como: HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), Hepatites Virais (Hepatite B, Hepatite C), infecções bacterianas e contaminação cruzada. Por conta do risco, pais dos alunos submetidos aos testes estão apreensivos e revoltados com a situação.

Na última segunda-feira (17), a escola chegou a realizar uma reunião com pais e alunos, com a presença da Secretaria Municipal de Saúde, para esclarecimentos sobre o fato.

Além da investigação na polícia, o caso também foi encaminhado para a corregedoria da Secretaria de Educação.

O nome do professor envolvido e da escola não estão sendo divulgados para que os alunos, menores de idade, não sejam expostos e identificados.

 

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