Presos suspeitos de cobrar pedágio e extorquir comerciantes

Operação acontece paralelamente no Espírito Santo e no Rio de Janeiro; suspeitos são ligados a uma facção criminosa que atua nos dois estados

Por Redação

Policiais do Espírito Santo e do Rio de Janeiro realizam uma grande operação, na manhã desta quarta-feira (29), mirando traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) capixaba que se estabeleceram no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio.

As investigações apontam que os suspeitos estão envolvidos em um esquema de extorsão e de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 40 milhões em pouco menos de um ano.

De acordo com a polícia capixaba, criminosos do TCP, que tem ramificações no bairro Itararé, em Vitória, exigiam que empresários comprassem água, gás e utilizassem serviço de internet através de quem o tráfico determinasse. Funcionários de empresas provedoras desses serviços só podiam atuar nas áreas dominadas pelos traficantes e ainda deveriam pagar mensalidades que chegavam a R$15 mil.

Entre os presos no Espírito Santo, está um empresário que fornecia internet, associado aos traficantes, que ajudava a extorquir outros comerciantes de Itararé.

‘Irmãos Vera’ na mira

Outra detida na operação no estado capixaba é a esposa de Luan Gomes Faria (um dos ‘Irmãos Vera’), apontado como um dos líderes do TCP no Estado. Luan está preso desde o final do ano de 2023.

Estão sendo cumpridos nos dois estados, diversos mandados de busca e apreensão e de prisão. No Rio, um dos alvos é o irmão de Luan, identificado como Bruno Gomes Faria.

As investigações apontam que ele teria fugido para o Rio de Janeiro e se escondido no Complexo da Maré, onde continuou a extorquir os comerciantes como era feito nas comunidades do Espírito Santo. Segundo a polícia, Bruno e outros traficantes cariocas chegam a cobrar uma espécie de “pedágio” para comerciantes trabalharem na região.

Banco clandestino

Ainda de acordo com a polícia, na capital carioca, os criminosos do TCP também criaram um banco clandestino, com um sistema paralelo em que o cidadão fazia um Pix e sacava em espécie. O ‘banco’ chegava a oferecer empréstimos para os moradores da comunidade e movimentou mais de R$ 40 milhões.

No Rio, todo o efetivo do Bope foi mobilizado e até o espaço aéreo chegou a ser fechado na região da Maré para realização da operação.

O desdobramento dessa operação deve continuar nos próximos dias.

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