A Polícia Civil deu detalhes, nesta quinta-feira (24), sobre uma ocorrência de disparos de arma de fogo durante a passagem da comitiva do candidato a prefeito da Serra, deputado Pablo Muribeca, na noite desta quarta-feira (23) no bairro Central Carapina, na Serra. Um homem de 32 anos acabou baleado na confusão.
Nas redes sociais, logo após o fato, o candidato chegou a divulgar um vídeo dizendo ter sofrido uma tentativa de homicídio enquanto fazia um evento de campanha no bairro, mas em seguida a publicação foi deletada. Horas depois ele fez uma nova postagem, dizendo que houve disparos de tiros no local, e que o caso estava sob investigação.
O QUE ACONTECEU?
A apuração inicial da polícia aponta que o político acabou passando por um local onde ocorria uma confusão entre entre facções criminosas rivais e descartou que tenha ocorrido uma tentativa de ataque político.
“Eu posso afirmar com absoluta certeza, diante das imagens que foram colhidas, diante de depoimentos que foram colhidos (…) que não houve qualquer tipo de tentativa homicídio ou atentado contra o deputado Pablo Muribeca e contra as pessoas que estavam com ele”, afirmou o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.
De acordo com o delegado, o homem baleado durante a confusão contou que ele e um colega avistaram um traficante da gangue rival a deles, passando próximo a comitiva do candidato e, quando estavam indo em direção ao alvo, para matá-lo, uma pessoa da comitiva do candidato se atracou com ele. Os dois entraram em luta corporal e, quando o homem conseguiu se desvencilhar, correu, mas acabou baleado. Ele confessou que na fuga também efetuou disparos.
“Ele fala que foi baleado quando estava em fuga, ou seja, alguém que estava ali no meio dessa comitiva possivelmente efetuou o disparo que acertou ele”, afirmou Sandi Mori.
“Ele confessa que estava lá no local e que iria matar um membro da gangue rival e que em nenhum momento ele quis atentar contra o deputado ou qualquer membro da comitiva”, completou o delegado.
A polícia ainda investiga quem poderia ter efetuado o disparo. De acordo com o delegado, o candidato disse em depoimento que ao menos quatro pessoas de sua comitiva estariam armadas, mas não soube identificar quem. A pessoa que se atracou com o suspeito foi ouvida na delegacia e disse que ele viu o suspeito armado e que ‘por instinto’ foi em direção ao homem.
Ainda de acordo com o delegado, imagens de videomonitoramento da região mostram que os envolvidos no caso passam de bicicleta calmamente pela comitiva e, em nenhum momento apontam armas de fogo para a comitiva do candidato, reforçando mais uma uma vez que não houve crime político no local.
“Em depoimento a mim, ele [candidato Pablo Muribeca], não é tratado como vítima. Ele deixa claro que esse indivíduo não apontou arma de fogo em direção a ele e também não efetuou disparos contra ele”, afirmou o delegado.
INVESTIGAÇÕES CONTINUAM
A polícia afirmou que agora as investigações continuam para saber quem foi o autor dos disparos que atigiram o suspeito.
Membros da comitiva do candidato devem ser ouvidos nos próximos dias na DHPP da Serra.
O homem baleado, que não teve o nome divulgado, foi autuado por estar com uma arma ilegal e por disparo de arma de fogo durante a fuga. Segundo o delegado Sandi Mori, foi arbitrada a ele uma fiança de R$ 10 mil, mas até o momento o valor não foi pago.
Nas redes sociais na noite desta quinta-feira (24), Muribeca agradeceua polícia pela rápida conclusão do caso.
“Grato pela elucidação rápida e pronta da Polícia Civil e das forças de segurança do Estado”, disse.