Placas educativas com fotografias de animais e vegetações, instaladas na orla de Guriri, revelam detalhes da biodiversidade da restinga e chamam a atenção das para a preservação do meio ambiente.
A iniciativa compõe a estratégia de informação e conscientização do Projeto Nossa Restinga, ação ambiental da Prefeitura de São Mateus, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
O Projeto foi lançado em abril último e surgiu da necessidade de preservar o ecossistema local, que contém plantas que fixam as dunas e impedem seu avanço em direção à parte urbanizada da orla, e é também a fronteira vegetal entre a Mata Atlântica e o oceano, com um importante papel para a diversidade da fauna.
O secretário municipal de Meio-Ambiente, Ricardo Louzada, lembrou que as ações de preservação e recuperação começaram com a demarcação da área de proteção e a construção das passarelas. “O Projeto Nossa Restinga é uma continuidade desse processo. A consciência ambiental coletiva é um dos objetivos mais importantes. Sem ela, não existe preservação”.
Ainda segundo o secretário, as imagens produzidas por pesquisadores da área ambiental enriquece o aspecto educativo da ação e a nomenclatura científica, o nome popular e outras informações ajudam na familiarização com as espécies. “As pessoas precisam saber o que é da restinga e o que é invasor. Muita gente acha que castanheiras, casuarinas e coqueiros, por exemplo, são nativos e não são” – complementa Ricardo Louzada.
Fotos
A consciência ambiental vem crescendo também junto aos mateenses. Entre os fotógrafos que tiveram suas fotos selecionadas está a pesquisadora local Bárbara Teixeira Costa, autora de uma das fotos que ilustra a matéria. Ela é moradora de São Mateus e cursa o oitavo e último período de Ciências Biológicas no Ceunes.
A foto escolhida foi a de uma Libélula, que ela flagrou em uma mata na Estrada das Meleiras. “Vi a mata, peguei a máquina e entrei com a certeza de que teria belas imagens. E foi o que aconteceu” – contou Bárbara, que tem 21 anos e fotografa “mato e bichos desde os 15.”
Conforme contou a orgulhosa mãe de Bárbara, Otília Maria dos Santos Costa Coelho, servidora municipal, “aos 15 anos ela escolheu um equipamento fotográfico ao invés de uma festa. De lá para cá está constantemente se aperfeiçoando em fotografia, ao mesmo tempo em que se dedica com afinco aos estudos e pesquisa ambiental.”