PF indicia Pablo Marçal pelo crime de uso de documento falso

No depoimento, Marçal alegou que não sabia e que o material foi recebido e publicado pela equipe dele

Por Mariana Cicilioti

Foto: Pablo Marçal/Instagram

A PF (Polícia Federal) indiciou o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) pelo crime de uso de documento falso. No primeiro turno das eleições municipais deste ano, Marçal apresentou um laudo falso contra o também candidato Guilherme Boulos (PSOL) por suposto uso de drogas. No mesmo dia, a PF abriu inquérito para investigar o caso.

Ao prestar depoimento à corporação nesta sexta-feira (8), que durou cerca de três horas, o coach foi avisado de que seria indiciado por uso de documento falso. No depoimento, Marçal alegou que não sabia e que o material foi recebido e publicado pela equipe dele.

A publicação de Marçal mostra um documento falso com o nome do paciente “Guilherme Castro Boulos”, mesmo nome do então candidato do PSOL, que teria sido atendido em 19 de janeiro de 2021, às 16h45, por um médico chamado José Roberto de Souza.

Segundo o site do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), o registro profissional desse médico está inativo desde 2022. Conforme apurou o R7, no sistema do CFM (Conselho Federal de Medicina), Souza aparece como “falecido”.

No receituário, o médico teria encaminhado Boulos ao psiquiatra, em critério emergencial, por “quadro de surto psicótico grave, em delírio persecutório e ideias homicidas”. Os supostos sintomas também incluíam “confusão mental e episódio de agitação”.

Em seguida, o médico passa a descrever o que seria o exame toxicológico de Boulos, apresentado por um acompanhante dele. “Indica positivo para benzoilmetilecgonina, cocaína”, diz o documento.

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