PF faz operação em 4 cidades do ES contra furto de encomendas dos Correios

Desvio e furto de encomendas dos Correios no Espírito Santo estão no alvo da operação Expresso Fantasma da Polícia Federal, realizada nesta quarta-feira (02). As investigações apuram a participação de empregados de empresas terceirizadas a serviço da empresa. De acordo com a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio e Tráfico de Armas (Delepat), são cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios Vitória, Viana, Guarapari e Domingos Martins.

Para a realização da operação são 26 policiais nas ruas, incluindo 10 integrantes do grupo de Pronta Intervenção (GPI-ES). Os empregados são investigados por desviar e furtar encomendas postais, em especial telefones celulares, além dos receptadores desses materiais. “Destaque-se que não há qualquer indício de envolvimento das empresas que prestam serviços de transporte aos Correios”, diz a PF.

Cargas e repasses

A informação sobre roubos de cargas de encomendas postais, que eram transportadas por empresas a serviço dos Correios, chegou à PF em 2019.

“Os motoristas prestaram depoimentos afirmando que durante o deslocamento foram interceptados por criminosos que teriam então, roubado encomendas da carga transportada. As investigações demonstram que as narrativas apresentadas pelos motoristas possuíam incompatibilidades com as informações obtidas pelos investigadores. O avanço das ações revelou indícios de que a carga teria sido extraviada com o auxílio desses motoristas e adquirida por um receptador que revendeu ao menos parte da mercadoria na cidade de Domingos Martins”, explicou o comunicado.

Crimes

Os investigados poderão responder pela prática de peculato (art. 312 do Código Penal, com pena de 02 a 12 anos de reclusão) e receptação (art. 180 do Código Penal, com pena de 01 a 04 anos de reclusão)

Atenção

A Polícia Federal faz um alerta para a pessoas que adquirem produtos com valores muito abaixo dos praticados pelo comércio formal, em especial os telefones celulares, pois podem estar adquirindo produtos oriundo de crime.

“A Polícia tem como chegar a estes aparelhos e, a depender das circunstâncias, o comprador poderá também responder pelo crime de receptação”, alerta.

E ainda orienta que “busque saber a procedência desses produtos, exija nota fiscal e, do contrário, não adquira, pois é a aquisição deles que movimenta a ação dos criminosos que se dispõe a furtar e a roubar esses objetos”.

Vejas as explicações do Superintendente da PF no Espírito Santo: