Operação da PF mira senador e filho do “Careca do INSS”

Agentes e auditores cumpriram 68 mandados, sendo 16 de prisão preventiva, em seis estados e no Distrito Federal

Por Redação

* Com informações do SBT NEWS

Nova fase da operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga fraudes via descontos irregulares em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mirou diversos alvos nesta quinta-feira (18).

Agentes realizaram buscas contra o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo Lula (PT) no Senado, e prenderam o secretário-executivo da Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal, e Romeu Carvalho Antunes, filho do “Careca do INSS”, Antônio Carlos Camilo Antunes, detido em setembro por suspeita de envolvimento no esquema.

Agentes cumpriram, ao todo, 68 mandados expedidos pelo ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça: 16 de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão. O número 2 da Previdência, Adroaldo Portal, teve prisão domiciliar decretada.

Outro alvo de mandado de prisão é o advogado Eric Douglas Martins Fidelis, filho de André Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS preso em novembro em outra fase da Sem Desconto. A reportagem do SBT News apura se essa ordem judicial já foi cumprida.

Mandados e medidas cautelares miraram suspeitos de envolvimento no esquema em seis estados (Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo) e no Distrito Federal.

Segundo a PF, fase deflagrada hoje objetiva aprofundar investigações e “esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.

Senador Weverton Rocha (PDT-MA) e Adroaldo Portal, número 2 da Previdência: alvos da PF em nova fase da operação Sem Desconto | Divulgação/Roque de Sá/Agência Senado e Reprodução/Instagram
Ação desta quinta mobilizou 177 policiais federais e 36 auditores da CGU. A operação Sem Desconto vem sendo deflagrada em diversas fases desde abril, quando a primeira revelou escândalo. Valores desviados de aposentados e pensionistas por meio de descontos associativos não autorizados chegam a pelo menos R$ 6,3 bilhões.

Além do inquérito do STF, fraudes também são investigadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, em andamento no Congresso Nacional.

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