Os resultados foram destacados pelo secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho. “Foram 43 presos, dentre esses, 16 com mandados de prisão por homicídio, nove armas de fogo, uma granada apreendida. Então é um resultado bastante expressivo. Mas, independentemente do resultado, a simples presença das forças de segurança nesses locais já representa muito para essas comunidades”, afirmou.
Na Região Metropolitana de Vitória, 115 policiais civis e 66 policiais militares foram empenhados nesta etapa, além de policiais do Núcleo de Repressão à Organizações Criminosas e à Corrupção (NUROC/SESP), Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e Guardas Municipais de Vitória, Vila Velha e Serra.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, afirmou que novas edições da Operação Caim ainda serão realizadas. “A quinta fase da Operação Caim teve como foco as organizações criminosas voltadas para o tráfico de drogas, mas também estamos trabalhando em elucidação de inquéritos policiais, colhendo informações, então a sociedade também pode nos ajudar. Vamos em busca da tão sonhada paz social, que nós tanto merecemos no Estado do Espírito Santo”, disse.
Prisões
A quinta fase da Operação Caim resultou em 43 prisões em todo o Estado, sendo 16 por cumprimento de mandado de prisão de suspeitos de homicídios. Foram 17 prisões na Região Metropolitana de Vitória, 10 na região Serrana, 08 na região sul, 05 na região noroeste e 03 na região norte.
Foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão. Nas incursões, as forças de segurança apreenderam munições, drogas e dez armas, entre elas uma granada, no bairro Cruzamento, em Vitória. O explosivo foi localizado pela Polícia Militar durante saturação no local.
“A Polícia Militar trabalhou em duas frentes, basicamente recobrindo as áreas com saturação e patrulhamento, mas o trabalho mais preciso foi na região de Vitória, nas áreas elevadas. Atuamos nas regiões do Cruzamento, Garrafa, da Penha, Itararé e Macaco. Nestes locais as equipes tiveram êxito em prender cinco pessoas, sendo um homicida com mandado de prisão em aberto e quatro em situação de flagrante, e apreender drogas e armas”, explicou o comandante de policiamento ostensivo metropolitano, coronel Alessandro Juffo.
Histórico
A Operação Caim realizou 118 detenções nas quatro primeiras etapas, deflagradas em abril. Somando-se a quinta fase, o total é de 161 detenções. Ao todo, 37 armas, 1.222 munições, 09 veículos, drogas e mais de R$ 47 mil em dinheiro foram apreendidos. Em todo o Estado, 143 mandados judiciais foram cumpridos nas cinco etapas.
Primeira fase: deflagrada no dia 02 de abril nos municípios de Cariacica e Vila Velha, a operação contou com 94 policiais civis em 31 viaturas. O resultado foi a prisão de 15 suspeitos, dois adolescentes apreendidos, além de armas, munições e drogas que foram tiradas de circulação. Entre os detidos estava o chefe do tráfico de drogas da região de Zumbi dos Palmares, em Vila Velha.
Segunda fase: realizada no dia 08 de abril, alcançou o resultado de 39 detenções em todo o Estado, apreensão de 10 armas, drogas e munições.
Terceira fase: deflagrada no dia 17 de abril, resultou em 47 suspeitos detidos, dois adolescentes apreendidos, dez armas, 888 munições, entorpecentes, dois veículos e uma moto apreendidos. Entre os presos está o acusado de matar o investigador da DHPP Marcio Marcelo Albuquerque, assassinado em Colatina, em 2017.
Quarta fase: no dia 24 de abril foram efetuadas 12 prisões de adultos e a apreensão de um adolescente, além de três armas, 125 munições, um simulacro de arma de fogo e drogas. Seis prisões ocorreram no interior do Estado e o restante na Região Metropolitana de Vitória. Entre os detidos, está um homem considerado chefe de uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e armas que atua em Cariacica, investigado pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme).
O nome “Operação Caim” faz referência à história bíblica dos irmãos Caim e Abel, e remonta ao primeiro homicídio sobre o qual a sociedade teve conhecimento.