Vitrines iluminadas, árvores de Natal espalhadas pelas lojas e listas de presentes cada vez mais completas indicam que o comércio do Espírito Santo entrou de vez no clima natalino. Em 2025, a data deve movimentar R$ 1,57 bilhão em vendas apenas na semana do Natal, segundo estimativa do Connect Fecomércio-ES.
O valor representa um crescimento de 3,4% em relação a 2024 e aponta para o melhor resultado desde o início da série histórica, em 2012. A projeção foi feita com base em dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.
De acordo com o levantamento, o bom desempenho é reflexo de um cenário mais favorável ao consumo, com maior confiança das famílias e estratégias mais agressivas do varejo neste fim de ano.
Os supermercados e hipermercados devem liderar as vendas, concentrando 41% do total, o equivalente a R$ 647,4 milhões. Em seguida aparecem os setores de vestuário e calçados, com 34% das vendas, ou R$ 541,1 milhões. Juntos, esses dois segmentos respondem por cerca de 75% de toda a movimentação do Natal no estado.
Outros setores também devem sentir o impacto positivo da data, como utilidades domésticas e eletroeletrônicos (13%), farmácias e perfumarias (6%), móveis e eletrodomésticos (4%) e demais segmentos (2%).
Segundo o coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, André Spalenza, esse comportamento é típico do período. As compras para a ceia, confraternizações e troca de presentes fazem com que alimentos e roupas liderem o consumo, mas o reflexo se espalha por quase todo o varejo.
Além da semana do Natal, a expectativa é de que todo o mês de dezembro alcance R$ 9,4 bilhões em vendas, uma alta de 1,8% na comparação com dezembro do ano passado.
Outro fator que tem ajudado a impulsionar as compras é a queda nos preços de itens importantes, especialmente alimentos. Em novembro, os produtos da alimentação no domicílio tiveram redução média de 0,93%, com destaque para arroz (-5,61%), frutas (-1,62%) e azeitona (-0,62%). A desaceleração da inflação amplia o poder de compra das famílias e permite uma ceia mais variada.
Produtos tradicionais de presente também ficaram mais baratos. Eletrodomésticos e equipamentos tiveram queda de 3,74%, brinquedos recuaram 1,92%, eletrônicos 1,77% e roupas 0,11%. A redução favorece tanto quem planeja as compras com antecedência quanto quem deixa para a última hora.
Para este fim de ano, o estudo aponta ainda uma mudança no comportamento do consumidor, que tem buscado mais praticidade e rapidez. Compras objetivas, presentes prontos, retirada imediata em loja e entregas rápidas têm pesado na decisão de compra.
A pesquisa completa, com todos os dados detalhados, pode ser consultada no site portaldocomercio-es.com.br.
