Um grupo de mulheres integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiu na manhã desta quinta-feira (13) uma área da empresa Suzano, no município de Aracruz. O MST, em divulgação, explica que “ocupação integra o conjunto de ações em defesa da reforma agrária e as lutas de março contra as violências, sob o lema “Agronegócio é violência e crime ambiental. A luta das mulheres é contra o capital”.
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), através de seu presidente, Paulo Baraona, emitiu nota de repúdio à invasão afirmando que “o ato ocorre em áreas de cultivo de eucalipto em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, violando de forma flagrante o direito à propriedade privada e causando prejuízos econômicos e sociais”.
Reforma agrária
“Cerca de 1000 mulheres Sem Terra ocupam na manhã desta quinta-feira (13), uma área da empresa Suzano no município de Aracruz, Espírito Santo. Com a Jornada de Luta das Mulheres Sem Terra, as companheiras apontam a Reforma Agrária Popular como caminho para o enfrentamento à fome, à violência no campo e à crise ambiental”, confirma o MST em sua página na internet. O MST diz que, “para que se faça justiça social e ambiental no campo e na cidade, é preciso mais reforma agrária para assentar as famílias que querem produzir comida e não commodities”. Destaca também que que são 22 áreas em conflito com a Suzano no Espírito Santo e no país, “que não avançaram em nenhuma negociação”.
Findes
Em nota da Findes, assinada pelo seu presidente, Paulo Baraona, a instituição defende a empresa Suzano e repudia a invasão. Leia a nota intitulada “Posicionamento da Findes sobre invasão a uma indústria em Aracruz”: “A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) manifesta seu veemente repúdio à invasão realizada na manhã desta quinta-feira, 13 de março, por um grupo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em uma propriedade de uma indústria associada à Findes. O ato ocorre em áreas de cultivo de eucalipto em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, violando de forma flagrante o direito à propriedade privada e causando prejuízos econômicos e sociais.
A empresa proprietária dessas áreas segue as leis brasileiras, promove o desenvolvimento sustentável e é responsável pela geração de milhares de empregos diretos e indiretos, além de impactar positivamente a vida de inúmeras pessoas na região. A companhia também investe em projetos sociais que beneficiam milhares de pessoas em diversas comunidades, contribuindo significativamente para o desenvolvimento social local.
A Findes reitera o seu compromisso com a livre iniciativa, com o desenvolvimento econômico e social sustentável e reforça que continuará defendendo o direito à propriedade e a legalidade como pilares essenciais para o progresso e a estabilidade econômica. Paulo Baraona – Presidente da Findes”.