O pai de Henry Borel, Leniel Borel, comentou o parecer emitido nesta segunda-feira (11), pelo Hospital Barra D’or, para onde o menino foi levado na noite de sua morte, que reafirmou que a criança já chegou morta à unidade.
Leniel disse, em entrevista ao Balanço Geral Tarde, que a equipe médica do hospital, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, fez de tudo para reanimar o filho.
“Eles fizeram de tudo, na medida do possível, para trazer o Henry de volta. Pedi para as médicas não desistirem do meu filho, e elas não desistiram. Ficaram mais uma hora ali, tentando fazer de tudo para que ele voltasse”, afirmou o pai do menino.
O engenheiro também voltou a acusar o padrasto de Henry, Jairinho, e a mãe, Monique Medeiros, que são réus pelo homicídio do menino, pelo crime. Ele considerou absurdas as alegações da defesa do ex-vereador de que teria havido negligência da equipe médica no atendimento ao filho e a possibilidade levantada de que o menino teria chegado ainda com vida ao hospital.
“São absurdas as acusações de negligência que temos visto. Aqueles dois monstros falavam que Henry estava vivo, respirando e, na verdade, a gente sabia, quando viu a situação. Meu filho chegou com rigidez cadavérica”, falou Leniel.
“Achei um absurdo após aquela audiência aquele perito Sami ser contratado, um médico se expor dessa forma, falar aquelas meias verdades. Falar que há uma possibilidade de uma criança cair de uma cama que leve a 23 lesões”, completou.
Segundo o parecer elaborado pelo médico Daniel Romero Munhoz, a rigidez na mandíbula de Henry indicava que ele já estava morto ao chegar no Barra D’or. Além disso, ele destacou que as manobras de ressuscitação foram realizadas porque este é o procedimento recomendado em caso de parada respiratória.
Em audiência realizada no dia 1º de junho, a Justiça do Rio ouviu depoimentos de Leonardo Tauil, perito responsável pela necropsia de Henry, e Sami El-Jundi, contratado pela defesa de Jairinho.
Através do depoimento de El-Jundi, os advogados do ex-vereador pretendiam levantar a hipótese de que o menino tenha chegado com vida ao hospital e que as manobras de ressuscitação feitas pela equipe médica poderiam ter causado as lesões descritas no laudo feito após a morte de Henry.