A praia de Itaoca, no litoral de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, é um dos pontos centrais da Operação “Atlas Anfíbia”, exercício militar de grande porte conduzido pela Marinha do Brasil. A ação começou na última terça-feira (26) e segue até o dia 5 de dezembro, movimentando milhares de militares e diversos meios navais e aeronavais no Estado.
Considerada uma das operações mais complexas do ambiente naval, a Atlas Anfíbia simula o desembarque de tropas em uma área considerada “hostil”. Em Itaoca, essa etapa envolve especialmente o emprego de fuzileiros navais, que realizam infiltrações, reconhecimento da faixa de areia e exercícios terrestres de deslocamento tático.
Ao todo, a operação reúne cerca de 3.400 militares, sendo 1.500 fuzileiros navais responsáveis pelas ações diretas na praia capixaba. O trabalho integra várias fases, desde o planejamento e controle das manobras até o desembarque por embarcações e aeronaves.
Além da movimentação militar, Itaoca também recebe observadores estrangeiros vindos de países como Arábia Saudita, Argentina, Camarões, Egito, Espanha, França, Índia, Namíbia e Reino Unido. Eles acompanham de perto as atividades como parte de um intercâmbio de conhecimento sobre operações anfíbias. Servidores civis brasileiros também participam como observadores.
A Marinha afirma que o exercício é essencial para manter a prontidão das tropas e aperfeiçoar a capacidade de atuação em cenários complexos, além de reforçar a presença estratégica na costa capixaba.
