Lula é eleito e volta a ocupar a presidência do Brasil em 2023

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltará a ocupar a cadeira de chefe do Executivo nacional no dia 1º de janeiro de 2023. Após 11 anos, o petista confirma às 19h58 deste domingo (30), com 50,83% dos votos e 98,95% da urnas apuradas, seu retorno ao Palácio do Planalto ao somar a maioria dos votos válidos. O atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), já é considerado matematicamente derrotado, visto que a margem de diferença de Bolsonaro impossibilita a virada.

Esse será o terceiro mandato de Lula, que ocupou a presidência da República de 2003 até 2006, e de 2007 até 2011. Agora, ele permanece no cargo até 2026 junto com seu vice e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB).

No primeiro turno, ocorrido no último dia 2 de outubro, Lula obteve 48,3% dos votos, enquanto Bolsonaro acumulou 43,20%. Para a virada, o atual presidente precisaria superar a diferença de 6,1 milhões de votos.

A última pesquisa Ipec divulgada um dia antes do 2º turno, apontava a vantagem do agora presidente eleito, com 50% das intenções de voto para Lula e 43% para Jair Bolsonaro (PL).

Histórico:

Lula tem 77 anos e é natural de Caetés, na cidade de Garanhuns, Pernambuco. Eleito o 35.º Presidente do Brasil, governou o país durante dois mandatos, entre 1º de janeiro de 2003 e 1º de janeiro de 2011. Ex-líder sindical e ex-metalúrgico, Lula é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Ao concorrer pela quarta vez à presidência, em 2002, Lula é eleito pela primeira vez, derrotando com quase 53 milhões de votos o adversário José Serra. Concorrendo novamente em 2006, se reelege e derrota o atual vice, Geraldo Alckmin.

O ex-presidente chegou a ficar um ano e sete meses preso, entre 2018 e 2019, após ordem de prisão expedida pelo juiz Sérgio Moro no processo do triplex do Guarujá. Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em abril de 2019, a pena foi reduzida para 8 anos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em 8 de novembro de 2019, Lula foi solto devido a uma mudança no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da prisão em segunda instância. Em 8 de março de 2021, o ministro do STF, Edson Fachin, anulou todas as condenações de Lula pela Justiça Federal do Paraná. O ex-presidente volta, então, a ser elegível.