Novos laudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmaram que o surto registrado no Hospital Santa Rita, em Vitória, pode ter sido causado pelo fungo Histoplasma capsulatum, responsável pela histoplasmose. A informação foi divulgada nesta terça-feira (4) pelo secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.
De acordo com Hoffmann, oito novos resultados foram enviados pela Fiocruz na noite de segunda-feira (3), reforçando a principal hipótese da investigação. “A nossa apuração caminha para uma conclusão de que o surto no Hospital Santa Rita está sendo causado por um fungo chamado Histoplasma, que é comum em fezes de animais, em especial de aves presentes na região”, explicou.
Mais de 90 casos suspeitos da doença estão sob investigação. O secretário afirmou que uma nova vistoria será realizada nesta terça-feira (4) no hospital e que a expectativa é concluir o relatório final até o fim da semana. A previsão é de que o centro cirúrgico — onde o surto teve início — seja reaberto em breve.
Tyago Hoffmann também desmentiu um áudio que circula nas redes sociais, atribuído a uma médica do hospital, que afirma haver “mais de 30 novos casos graves”. “Essa informação é falsa. Todos os casos em investigação estão no boletim divulgado pela Sesa diariamente”, destacou.
O que é a histoplasmose
A histoplasmose é uma infecção causada pelo fungo Histoplasma capsulatum, transmitida pela inalação de esporos encontrados em solos contaminados por fezes de aves e morcegos.
Os sintomas variam desde quadros leves, com febre, tosse e falta de ar, até formas graves que podem afetar órgãos como fígado, baço e linfonodos.
O tratamento é feito com antifúngicos — como itraconazol nos casos leves e Anfotericina B nas formas graves — e pode se estender por meses, conforme a evolução clínica do paciente.
A prevenção indicada é evitar locais com fezes de aves e morcegos, como cavernas e galinheiros; manter a higiene em áreas com risco de contaminação e não existe vacina contra a histoplasmose.
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