A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta-feira (18) dois mandados de buscas na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP) e endereços ligados ao PL (Partido Liberal).
O ex-chefe do Executivo terá que usar uma tornozeleira eletrônica e não poderá sair de casa entre às 19h e 7h e finais de semana.
Bolsonaro também não pode ser contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, além de não poder se aproximar de embaixadas. Também está proibido o contato com os outros réus e acesso às redes sociais.
Todas as ações foram autorizadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no âmbito da PET n.º 14129. A representação foi da PF com parecer favorável da PGR, pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução a Justiça e ataque a soberania nacional.
Outras restrições incluem a proibição de contato com os demais réus do processo e o acesso às redes sociais.
Todas as medidas foram autorizadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no âmbito da PET nº 14129. A representação foi feita pela PF, com parecer favorável da PGR, pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução da Justiça e atentado à soberania nacional.
US$ 14 mil dólares apreendidos
Durante buscas na casa do ex-presidente, a Polícia Federal apreendeu cerca de US$ 14 mil (R$ 78.023,40 na cotação atual) e R$ 8.000.
Notas de defesa
Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que recebeu com “surpresa e indignação” a imposição de medidas cautelares “severas” contra ele. Segundo os advogados, Bolsonaro sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário.
“A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial”, informou.
Relembre
A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
Além dele, sete outras pessoas, incluindo generais e ex-ministros, também foram acusadas. A PGR afirma que Bolsonaro liderava a organização criminosa responsável por atos críticos contra a democracia.
Os crimes atribuídos ao grupo incluem organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, com penas que podem chegar a até 43 anos de prisão.
Entre os acusados estão Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Paulo Sérgio Nogueira, ex-líder do Exército.
O documento da PGR detalha que a tentativa de golpe não se concretizou devido à falta de apoio das Forças Armadas.
O julgamento está previsto para ocorrer entre o final de agosto e início de setembro. Em resposta às acusações, Bolsonaro negou envolvimento e classificou as alegações como infundadas.
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