Israel intensificou sua ofensiva em Gaza e no sul do Líbano neste domingo, aumentando a escalada de violência no conflito, que já dura quase um ano na região. Um bombardeio israelense atingiu uma mesquita no centro de Gaza, matando pelo menos 19 pessoas, de acordo com autoridades palestinas.
O local servia de abrigo para deslocados próximos ao hospital principal de Deir al-Balah. Outros quatro civis foram mortos em um ataque separado que atingiu uma escola também utilizada como abrigo na mesma região. O exército israelense afirmou que as ações tinham como alvo militantes, mas não apresentou provas adicionais.
Simultaneamente, aviões israelenses bombardearam subúrbios ao sul de Beirute, mirando o que o exército classificou como alvos do Hezbollah. Os ataques atingiram áreas próximas ao aeroporto internacional de Beirute e antigos locais operados pela emissora Al-Manar, controlada pelo grupo.
O conflito, que começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, já deixou cerca de 42 mil mortos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde locais. No Líbano, aproximadamente 2 mil pessoas perderam a vida desde o início das hostilidades.
O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu a interrupção das exportações de armas para o conflito em Gaza, afirmando ser urgente evitar a escalada na região. A declaração gerou uma forte reação do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que classificou o pedido como “vergonhoso”. Macron reafirmou o apoio da França a Israel, mas insistiu na necessidade de buscar uma solução diplomática para a crise. Ele também pediu um cessar-fogo imediato tanto em Gaza quanto no Líbano.