O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) abriu inscrições para interessados em se tornar Guardiões de Fauna. Atualmente, 16 animais, entre espécies silvestres e exóticas, estão disponíveis para adoção responsável. A iniciativa busca garantir um destino adequado para bichos que, por limitações físicas ou comportamentais, não podem ser reintroduzidos à natureza.
Entre os animais disponíveis estão cinco Agapórnis, um Ring Neck, cinco Gaviões-carijó e cinco Tartarugas-de-orelha-vermelha. Desses, apenas os gaviões apresentam deficiências nas asas ou dificuldades de locomoção, impedindo o voo e a reintegração ao meio ambiente.
Já as demais espécies, embora saudáveis, necessitam de um ambiente controlado, evitando riscos ambientais. “Essa modalidade impede que os animais sejam soltos em locais inadequados, o que poderia causar desequilíbrios ecológicos”, explica Cosme Carvalho, coordenador de Fauna do Iema.
Antes de serem disponibilizados para adoção, os animais passam por avaliação nos Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), onde são acolhidos após resgates, apreensões ou entregas voluntárias. Segundo Carvalho, essa iniciativa também contribui para evitar a superlotação desses centros, garantindo que os bichos recebam o cuidado necessário. “A modalidade de Guardião de Fauna evita que os animais permaneçam nos Cetras por mais tempo que o necessário, aliviando a sobrecarga e proporcionando condições adequadas para cada indivíduo”, destaca.
Criada pela Instrução Normativa Nº 12-N, de 2020, a categoria Guardião de Fauna é aplicada apenas quando não há outras opções viáveis, como destinação para zoológicos, mantenedores ou criadouros conservacionistas. Para participar do programa, os interessados devem se cadastrar enviando um e-mail para guardiao@iema.es.gov.br, informando nome completo e os animais de interesse. A seleção é criteriosa, considerando a ordem de inscrição e as condições específicas de cada animal.
COMO FAZER?
O processo de adoção exige o envio de documentos como RG, CPF, comprovante de residência e Certidão Negativa de Débitos Ambientais (CNDA). Além disso, os futuros guardiões devem apresentar um memorial descritivo do espaço onde o animal será mantido, garantindo que o local atenda às suas necessidades. Também é necessário arcar com custos como alimentação, identificação por anilha ou microchip e a apresentação de um atestado de saúde anual emitido por um médico veterinário.
