Próximo ao aniversário de um ano da tragédia, um acordo no valor de U$ 4 bilhões (cerca de R$ 23,1 bilhões) foi anunciado para encerrar centenas de processos judiciais relacionados aos incêndios florestais na ilha de Maui, no Havaí (EUA). A medida foi comunicada pelo governador do Estado, Josh Green, na última sexta-feira, 3, segundo noticiou a CNN. Pronunciamento do gabinete de Green diz que o acordo foi alcançado após quatro meses de negociação entre os réus e os advogados que representam as vítimas.
Estão entre os réus do caso o Estado do Havaí, o Distrito de Maui, a empresa de eletricidade Hawaiian Electric e uma companhia de telecomunicações. O pagamento do acordo de indenização depende agora da aprovação judicial do acordo e, no caso da contribuição do Estado do Havaí, da legislatura estadual.
É esperado que os pagamentos tenham início na metade de 2025, beneficiando cerca de 2.200 partes afetadas e resolvendo 450 processos – protocolados por indivíduos, empresas e companhias de seguro. “Nas próximas semanas, vamos fornecer um relatório mais detalhado dos custos e de quando os recursos estarão disponíveis para os sobreviventes e suas famílias”, diz o governador, Josh Green, no comunicado.
Um pronunciamento da Hawaiian Electric, que deve contribuir com U$ 1,99 bilhão, ressalta que o acordo permite que esforços sejam voltados para a reconstrução do Estado. “Essa resolução vai possibilitar que todas as partes envolvidas sigam em frente sem os desafios adicionais de um processo litigioso”, adiciona Shelee Kimura, CEO da companhia.
As queimadas começaram em agosto do ano passado e queimaram mais de 200 hectares, deixando 102 mortos, segundo a CNN, que também cita que o prejuízo econômico foi estimado em U$ 6 bilhões. Neste valor, estariam compreendidas a destruição de residências, estabelecimentos comerciais e outras construções e as perdas do setor de turismo. O episódio ficou conhecido como o “incêndio florestal mais mortal do último século” dos Estados Unidos.