ANOS – Foto: Divulgação/PCES
Mário Miguel Santos Antunes, conhecido como “Guzadinha”, de 19 anos, foi assassinado a tiros no dia 12 de novembro do ano passado, em Zumbi dos Palmares, Vila Velha. O crime está relacionado à guerra entre facções, uma vez que Guzadinha era membro do Terceiro Comando Puro (TCP) e foi morto por traficantes da facção rival, o Primeiro Comando de Vitória (PCV). Os autores do crime foram identificados como Antônio Mailson Ferreira Alves, conhecido como “Japa”, de 34 anos, e Yhorran de Aquino Silva, apelidado de “DiBala”, de 23 anos.
De acordo com o delegado Cleudes Junior, a história do confronto não começou no dia do assassinato de Guzadinha. O conflito foi desencadeado por uma tentativa de homicídio ocorrida dois meses antes, em 11 de setembro, quando Guzadinha tentou matar Japa, mas não teve sucesso. A retaliação pela tentativa de homicídio resultou no assassinato de Guzadinha.
Após a morte de Guzadinha, tanto Japa quanto DiBala também foram mortos. DiBala foi assassinado um dia após o crime, em Guarapari, enquanto Japa foi morto três dias depois, em Nova Rosa da Penha, em Cariacica. Segundo o delegado, Mário Miguel tinha familiares envolvidos no tráfico de drogas, e a principal suspeita é de que seu pai, que está preso, possa ser o mandante dos assassinatos.
O delegado geral da Polícia Civil destacou que essa forma de retaliação é comum no código de conduta do tráfico de drogas. Em suas palavras, “o tráfico julga, sentencia e executa em 24 horas”, diferentemente do processo formal. Ele também alertou que aqueles que entram no tráfico enfrentam um destino sombrio, onde as opções são limitadas a morte ou prisão.
O inquérito policial foi instaurado imediatamente após o homicídio de Guzadinha. Cleudes Junior informou que os dois executores do crime tinham passagens pela polícia por tráfico de drogas e outros delitos. Com a morte dos autores, o inquérito foi concluído pela extinção da punibilidade, uma vez que ambos não podem mais ser processados.