Grávida que foi atingida por pedaço de poste recebe alta do hospital

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Dez dias após ser atingida por um pedaço de poste, Clesiane de Fátima Viana, de 34 anos, teve alta do hospital nesta quarta-feira (13). A mulher, que está grávida de seis meses, teve uma fratura no crânio, depois que um fragmento de concreto, que se desprendeu de um poste de iluminação, atingiu a cabeça dela, na orla de Itaparica, em Vila Velha, no dia 3 de dezembro.

Clesiane passou por cirurgia para limpeza da área atingida e outro procedimento ainda deve ser feito para reconstrução do osso, porém só poderá ser feito após o nascimento do bebê da vítima. Apesar de todo o susto, o quadro de saúde da mulher é estável e o bebê também está bem.

Nas redes sociais, a mulher e o marido, João Paulo Martinez, publicaram uma foto na saída do hospital. “Finalmente indo para casa”, dizia o casal na publicação.

Fratura grave

Nesta semana, João Paulo divulgou uma imagem de um exame de tomografia, realizado no último sábado (09), que mostra a fratura impressionante causada na cabeça da esposa.

Foto: Divulgação

O acidente

Um vídeo que circula nas redes sociais (veja abaixo) mostra a gestante sendo atingida na cabeça pelo fragmento de concreto que se desprendeu do poste no último dia 3 de dezembro. A mulher estava ao lado do marido e foi socorrida minutos depois do impacto para um hospital em Vitória.

Antes de passar pela primeira cirurgia, Clesiane, falou que a lesão estava afetando sua locomoção. “O osso está pressionando uma parte do meu cérebro que está afetando a coordenação motora. Eu sinto minhas pernas, mas estão formigando muito, e para andar eu tenho muita dificuldade”, relatou.

Postes irregulares

Após o acidente, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) informou que iria notificar a Prefeitura Municipal de Vila Velha e a EDP Espírito Santo para manutenção imediata dos postes da orla da cidade. O órgão realizou uma vistoria na região do acidente no dia 4 de dezembro e constatou que desplacamentos de concreto em vários postes na orla da praia.

“O desplacamento ocorre pelas corrosões das armaduras devido ao ataque por íons cloreto presente na atmosfera marinha. É um agente agressivo presente na região e que acelera o processo de corrosão”, explicou o gerente de Fiscalização do Conselho, engenheiro civil Leonardo Leal.

Em nota, a EDP disse que foi acionada e identificou que trata-se de um poste de iluminação pública e não pertence à EDP. A” concessionária reitera que a manutenção de postes de iluminação pública é de responsabilidade dos municípios”, disse.

Na época, o município lamentou o ocorrido e disse que acompanha o caso. Segundo a prefeitura, a iluminação da cidade em áreas públicas comuns, como a orla, é de responsabilidade de um consórcio, que já foi notificado para a substituição de vários postes na cidade.