Governo lança TV 3.0 e televisões terão mudanças escalonadas

A nova tecnologia não impõe aos usuários a necessidade de troca imediata de antenas. A TV Digital atual não deve perder a sintonização e os canais abertos continuarão a funcionar normalmente

Por Agência Estadão
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta quarta-feira, 27, a TV 3.0, em cerimônia no Palácio do Planalto. Segundo o Executivo, a nova televisão significa um progresso na comunicação digital ao proporcionar interatividade, via internet, de televisões comuns na rede aberta.

O ministro das Comunicações, Frederico Siqueira, afirmou que a TV 3.0, nova tecnologia de televisores implementada por decreto nesta quarta-feira, 27, representa um “passo forte para tornar o Brasil soberano na tecnologia”.

A TV 3.0 substituirá o atual sistema de TV aberta do País e promete experiências imersivas, transformando os canais em aplicativos, que poderão oferecer serviços complementares, além da programação principal.

Em busca de evitar ruídos de informações, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, destacou que a nova tecnologia não impõe aos usuários a necessidade de troca imediata de antenas. “Ninguém será obrigado a trocar a antena imediatamente, canais continuarão funcionando.”

O presidente Lula fez uma fala breve durante a cerimônia de assinatura do decreto. Após assinar o documento, parabenizou Sidônio Palmeira e seu fotógrafo, Ricardo Stuckert – que também atua na comunicação do governo – pelo início oficial do projeto.

Segundo o governo, a TV 3.0 será implantada de forma escalonada, começando pelas capitais. A TV Digital atual não deve perder a sintonização e os canais abertos continuarão a funcionar normalmente.

Mais sobre o projeto

O desenvolvimento foi conduzido pelo Fórum SBTVD, com apoio do Ministério das Comunicações. Chamada de “TV do futuro”, a próxima geração de TVs prevê imagens que evoluem de Full HD para 4K e possibilidade de alcançar 8K em conexão com a internet. Essa arquitetura híbrida aproxima a TV aberta do modelo de streaming, com retorno de dados e publicidade segmentada.

O som será imersivo e os televisores terão maior conectividade, permitindo interação em diferentes formatos, como publicidade direcionada, comércio eletrônico e múltiplos ângulos de transmissão. Entre os recursos adicionais estão legendas personalizáveis, audiodescrição e tradução em libras.

A implantação será gradual, a partir das grandes capitais, e deve gerar ganhos de eficiência que possibilitam a entrada de novos radiodifusores. Em abril, Sidônio Palmeira disse que o governo buscará a implementação da forma mais rápida possível.

Entenda a TV 3.0 em seis pontos:

O que é a TV 3.0?

A TV 3.0 é a nova geração da TV digital aberta no Brasil, que substituirá gradualmente o sistema em uso desde 2007. O novo padrão prevê melhor qualidade de imagem e som, integração com internet e recursos interativos.

Quando e onde vai funcionar?

A implantação será gradual em todo o País, começando pelas grandes capitais. Durante a transição, o sistema atual continuará funcionando. Assim como o modelo atual, a TV 3.0 depende de acesso a antenas.

Quem poderá utilizar?

Todos os usuários de TV aberta poderão acessar a nova tecnologia à medida que ela for disponibilizada em sua região. Televisores atuais poderão ser adaptados por meio de conversores, sem necessidade de substituição imediata.

Quais os principais recursos da TV 3.0?

O sistema permite transmissões em 4K, com possibilidade de até 8K pela internet, além de áudio imersivo. Oferece acessibilidade por meio de legendas, audiodescrição e libras. Também incorpora interatividade, publicidade segmentada e suporte a alertas de emergência geolocalizados.

A TV 3.0 será gratuita?

Sim. O serviço seguirá aberto e gratuito, como ocorre atualmente com a TV digital.

O governo obrigará a migração?

Não haverá obrigatoriedade imediata. O modelo prevê coexistência com a tecnologia atual, cabendo ao usuário decidir quando migrar.

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