Um funcionário de uma lanchonete de Jardim Camburi, em Vitória, gravou um vídeo, nesta quinta-feira (13), ameaçando colocar veneno em um lanche pedido por policiais. Após o ocorrido, o homem acabou demitido.
“Você acha o que eu tenho que fazer com esse tipo de comanda? Olhem o nome da comanda! Jogo veneno? O que que eu jogo? Passado!! E vou lá fazer o lanche deles, com a fé de Deus e eles que lutem. Se morrer não foi eu, foi produto ruim estragado da loja, eu não tenho culpa. Não vou me responsabilizar! Boa noite!”, diz o rapaz.
Com a grande repercussão negativa do vídeo, o jovem fez outra publicação, dizendo que tudo não se passava de brincadeira e disse que o erro dele foi expor o nome da lanchonete nas redes sociais.
A lanchonete publicou uma nota de repudio sobre o caso e disse que demitiu o funcionário. Veja o comunicado na íntegra:
“Prezamos pela transparência e pelo compromisso com a qualidade e segurança dos nossos produtos, bem como pelo respeito a todos os nossos clientes. Diante do ocorrido em nossa lanchonete, gostaríamos de nos manifestar com total responsabilidade.
Repudiamos qualquer tipo de conduta que coloque em risco a integridade ou a confiança daqueles que nos escolhem. Assim que tomamos conhecimento da infeliz declaração feita por um de nossos colaboradores, tomamos medidas imediatas para apurar a situação e garantir que isso jamais se repita.
Reafirmamos nosso compromisso com a qualidade dos nossos alimentos e com um ambiente de trabalho ético e profissional. Pedimos desculpas ao policial envolvido, a toda corporação e a qualquer pessoa que tenha se sentido ameaçada ou desrespeitada por esse episódio.
Estamos reforçando nossos protocolos internos para assegurar que nossa equipe esteja sempre alinhada aos valores que defendemos. Seguimos à disposição para qualquer esclarecimento e agradecemos a compreensão de todos.
Informamos que o colaborador envolvido no episódio recente já não faz mais parte da equipe”.
O que diz a Secretaria de Segurança?
Em nota enviada para a imprensa, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) repudiou a fala do funcionário da lanchonete.
“Mesmo sendo feita, segundo o próprio, em tom de “brincadeira”, desejar a morte de agentes públicos que saem de casa todos os dias com a missão de proteger a população é um fato lamentável e, com toda certeza, não representa o desejo da maioria dos capixabas, que reconhecem a importância dos policiais para a sociedade”, afirmou.
O que diz a associação das Praças da PM?
Em nota, Jackson Eugênio Silote, Presidente da Diretoria Executiva da Associação das Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ASPRA-ES) disse que está ciente e que vai apurar o caso.
“Tomamos conhecimento do caso e vamos tomar todas as medidas cabíveis contra esse cidadão. Inclusive recebemos agora a tarde os proprietários da lanchonete, que foram explicar o ocorrido, e demonstrar as ações tomadas de imediato contra o ex-funcionário. Fizeram um pedido de desculpas e se colocaram a disposição para esclarecer sobre o ocorrido. Vale ressaltar que esse cidadão é conhecido dos nossos policiais, pois tem o hábito de atacar em suas redes os nossos policiais e os profissionais de segurança pública”, afirmou.