Funcionário da Caixa no ES é preso em flagrante por fraude no auxílio emergencial

Um funcionário da Caixa Econômica Federal foi preso em flagrante pela Polícia Federal do Espírito Santo por participação em um esquema de fraude envolvendo o pagamento do auxílio emergencial. Os levantamentos iniciais confirmaram um desvio de R$ 140 mil, mas a estimativa é que o total possa alcançar R$ 1 milhão. A detenção ocorreu nesta sexta-feira (22) e contou com o apoio de policiais federais da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários e da Coordenação Nacional de Segurança e Fraude da Caixa.

Segundo a PF, o auxílio emergencial é um benefício financeiro para proteção no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do Coronavírus. “A fraude nesse caso, portanto, além de crime, é um ato de desumanidade”, destaca a organização.

Como funciona:

Polícia Federal no ES: esquema da fraude no pagamento de auxílio emergencial

A fraude ocorria na alteração de dados cadastrais dos reais beneficiários para que outras pessoas pudessem receber os valores do auxílio. O empregado da Caixa era informado sobre os beneficiários que deveriam ter seus dados alterados, como telefone e e-mail. Isso permitia que, depois, os fraudadores tivessem acesso aos valores.

“A Coordenação Nacional de Segurança e Fraude da Caixa Econômica Federal percebeu a atividade suspeita e alertou a PF. Já na agência da Caixa, policiais federais efetuaram a prisão no momento em que o funcionário praticava o crime”, informou a PF.

Basicamente o funcionário recebia uma lista de CPFs, verificava as contas vinculadas com saldo do auxílio emergencial, alterava as senhas, repassava as novas senhas para quem lhe enviava os CPFs e, este, transferia os valores para contas de “laranjas”. Um percentual das parcelas do auxílio emergencial era devolvido ao funcionário do banco.

Crimes

O homem foi levado para a sede da Polícia Federal, em Vila Velha, e informou que foi aliciado por mensagens eletrônicas, que não conheceu o aliciador, mas confessou que vinha realizando as fraudes desde o fim do ano passado. “Ele poderá ser responsabilizado, inicialmente, pelo crime de Peculato (Art. 312 do Código Penal) e Inserção de Dados Falsos em Sistemas de Informações (Art. 313-A do Código Penal) com uma pena que pode chegar a 24 (vinte e quatro) anos de prisão”, finalizou a corporação.