Funcionárias de hotelzinho são indiciadas por maus-tratos

Mulheres acordavam as crianças com gritos, batidas nas portas e até jatos de água misturada com creme capilar

Por Redação
Vídeo gravado por uma das suspeitas mostra crianças sendo acordadas de forma violenta | Foto: Redes Sociais

A Polícia Civil concluiu a investigação sobre o caso de maus-tratos registrado em um hotelzinho infantil em Linhares, no Norte do Espírito Santo. Duas jovens — uma estagiária de 18 anos e uma funcionária recém-contratada, de 19 — além da proprietária do estabelecimento, de 44 anos, foram indiciadas.

Segundo o inquérito, as funcionárias acordavam as crianças de forma violenta, com gritos, batidas nas portas e até jatos de água misturada com creme capilar. Uma das vítimas teve os olhos atingidos pela mistura. Os atos foram filmados por uma das jovens e divulgados em redes sociais, gerando revolta em todo o estado.

 

A investigação apontou que a proprietária do espaço, formada em pedagogia, tinha conhecimento de reclamações anteriores de pais sobre a conduta inadequada das funcionárias, mas permitiu que elas continuassem no trabalho sem supervisão.

A Polícia Científica também identificou falhas estruturais no local, que funcionava sem alvará. Após vistoria da Vigilância Sanitária, a Prefeitura de Linhares determinou a suspensão imediata das atividades.

Crimes e penas previstas

As três mulheres foram indiciadas pelos crimes de maus-tratos e por expor a vida ou a saúde de crianças a perigo. Se condenadas, as penas podem variar de seis meses a cinco anos de prisão, podendo ser aumentadas por se tratar de vítimas menores de 14 anos.

O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, que dará continuidade ao processo. Por envolver menores de idade, o caso segue em sigilo.

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