Fraudes e offshores: esquema movimentou R$ 70 bi em um ano

Entre 2020 e 2025, os investigados importaram R$ 32 bilhões em combustíveis.

Por R7
Além de mandados de prisão cumpridos, foram apreendidos dinheiros e outros objetos/PF

Nessa quinta-feira (27), uma megaoperação mirou o Grupo Refit, maior sonegador de impostos do estado de São Paulo e dono da antiga refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro.

Ao todo, foram cumpridos 126 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Maranhão, na Bahia e no Distrito Federal.

Como funcionava o esquema
Importadoras atuavam como laranjas, adquirindo do exterior nafta, hidrocarbonetos e diesel com recursos provenientes de formuladoras e distribuidoras vinculadas ao grupo.

Entre 2020 e 2025, os investigados importaram R$ 32 bilhões em combustíveis.

Durante as investigações, a Secretaria da Fazenda de São Paulo identificou que empresas ligadas ao grupo investigado atuavam como empresas interpostas, usadas como intermediárias para simular operações comerciais e evitar o pagamento do ICMS devido ao Estado.

De acordo com a Receita Federal, por meio de complexas operações financeiras, o grupo movimentou mais de R$ 70 bilhões em apenas um ano.

Os valores teriam circulado por empresas do próprio grupo, fundos de investimento e offshores, incluindo uma exportadora localizada fora do Brasil, com o objetivo de ocultar e blindar lucros.

“[As operações] financeiras são administradas pelo próprio grupo, que controla empresas financeiras e utiliza estruturas internacionais para blindagem patrimonial”, afirmou o órgão.

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