O mundo enfrenta uma crise de magnitude comparada à da Grande Depressão, de 1929, e o momento atual tem um nome dado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI): a Grande Paralisação.
Segundo o FMI, o tombo atual é bem pior do que a crise de 2008 e pela primeira vez desde a década de 30 fará tanto economias avançadas quanto emergentes e países em desenvolvimento entrarem em recessão. Muita gente vai quebrar.
Os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus fizeram o fundo fazer revisões extraordinárias nas suas projeções.
A expectativa dos economistas do FMI é de que atividade econômica mundial caia 3% em 2020. Para o Brasil, a previsão é de que a economia encolha 5,3% neste ano e cresça 2,9% em 2021.
O Brasil terá um tombo maior e recuperação mais fraca do que a América Latina e Caribe. Em conjunto, países da região devem ter uma queda de 5,2% na atividade em 2020, com recuperação de 3,4% em 2021.
A diferença na intensidade da recuperação fica mais gritante quando o País é comparado com economias avançadas. A projeção de crescimento do Brasil em 2020 é 7,5 pontos menor do que a estimativa de janeiro.
No caso das economias avançadas, a diminuição na projeção é de 7,7 pontos porcentuais, com expectativa de encolhimento de 6,1% da atividade neste ano.
Em 2021, no entanto, essas economias – que incluem Estados Unidos, zona do euro e Japão, por exemplo – crescerão 4,5%, uma alta de 2,9 pontos na comparação com a perspectiva de janeiro.
O Brasil, por sua vez, deve crescer 2,9%, um aumento de apenas 0,6 ponto porcentual na comparação com as estimativas do início do ano.