Guedes ressaltará, ainda, a necessidade da mudança de foco das medidas de assistências emergenciais de economias emergentes para políticas de apoio fiscal de médio prazo. No Brasil, a movimentação, na seara de políticas sociais, é para a consolidação do novo Bolsa Família, com ampliação do total de beneficiados, substituindo o auxílio emergencial adotado durante a pandemia.
Especificamente sobre a conduta brasileira, o economista avaliará que a resposta política rápida, abrangente e enérgica do Brasil foi fundamental para mitigar o impacto do choque da Covid-19, preparando o terreno para uma forte recuperação econômica. “Para lutar contra as consequências sociais e econômicas, o governo lançou uma série de medidas fiscais, monetárias e medidas de apoio financeiro que se destacaram entre os pares.”
Guedes deve citar o auxílio emergencial e sua prorrogação, a manutenção do programa de retenção de emprego e de apoio a micro e pequenas empresas, medidas tomadas para garantir desembolsos orçamentários suficientes, dispensa de tarifas de importação em alguns itens essenciais, além das medidas de saúde, com foco na campanha de vacinação contra a Covid-19. “Com uma implementação de vacinação eficaz e a segunda onda de Covid-19 agora sob controle, o Brasil está bem posicionado para um crescimento econômico robusto este ano.”
No caso dos países de baixa renda, o ministro enfatizará o desafio ainda vigente na implementação de vacinação, incluindo acesso limitado. Para ele, o grupo “deve receber total apoio do comunidade internacional para melhorar suas perspectivas econômicas e de saúde, em última instância impactando a resiliência global à pandemia”.
As estratégias, segundo Guedes, melhorarão o desempenho do mercado de trabalho. “Maior cobertura de vacinação e melhor o apoio à renda aumentará a participação no mercado de trabalho e abrirá oportunidades de emprego no setor de serviços.”
À medida que a mobilidade aumenta, os mercados de trabalho informais em economias emergentes e países pobres provavelmente se recuperam a um ritmo forte, levando a uma redução do desemprego, defende Guedes. Como consequência disso, “os governos devem buscar reformas estruturais para fechar o lacuna entre os mercados informais e formais, aumentar as receitas fiscais e aumentar a cobertura de esquemas de proteção social”, pontuará o economista.